Concurseiros do país todo estão ansiosos pelo dia 10 de janeiro, data em que será divulgado o edital do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) com a oferta de 6.640 vagas + cadastro de reserva em mais de 20 órgãos e entidades federais.
As inscrições começam no dia 19 deste mesmo mês e podem ser feitas até 9 de fevereiro. A execução do cronograma será feita pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) junto da Cesgranrio. A realização da prova em 217 cidades brasileiras tem data indicativa de 5 de maio. No Pará o exame será aplicado em 17 municípios.
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De acordo com a portaria 6.017/2023, do MGI, publicada em outubro, uma das principais vantagens do CPNU é a competição mais justa. “Ao permitir que cada pessoa candidata possa concorrer a vagas em diferentes cargos estabelecidos nos blocos temáticos, realizando uma única prova, cria-se um ambiente equitativo, onde todos têm as mesmas oportunidades de competir e amplia as suas chances de passar em uma vaga no serviço público. Isso elimina a disparidade de oportunidades que pode ocorrer quando uma pessoa candidata precisa se inscrever em múltiplos concursos em diferentes locais”, defende o documento.
A proposta do Ministério da Gestão é que, no momento da inscrição no Concurso Público Nacional Unificado, os candidatos optem por um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis no certame. Depois desta escolha, os candidatos deverão indicar seu cargo/carreira por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha.
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Desta forma, o candidato irá realizar as provas objetivas (comuns a todos os candidatos) e as provas específicas (objetivas e dissertativas) do bloco de sua escolha. As questões específicas serão definidas pelas comissões organizadoras dos diferentes órgãos e entidades públicas cujos cargos/carreiras compõem um determinado bloco. A proposta ainda será validada com os órgãos e entidades públicas que aderirem ao CPNU.
Professor em curso preparatório, Evanildo Ferreira afirma não haver dúvidas de que trata-se do maior concurso público no âmbito federal já realizado, mas defende que essa nova metodologia seja realizada de modo a abranger as especificidades de cada cargo.
“A metodologia é inovadora por possibilitar a ampla concorrência aos cargos públicos federais para as regiões mais distantes do país. Além disso assegura a economia de recursos públicos, ao selecionar em um único certame candidatos para suprir a carência de efetivo de diversas instituições. Apesar de louvável por atender a urgente falta de servidores de carreira no serviço público federal, deve ser analisada e adotada com cautela, tendo em vista que cada cargo público tem seus requisitos”, destaca.
CONTEÚDO
“O conteúdo programático reflete a base de conhecimentos indispensáveis para o exercício das atribuições de cada função, então fazer uma prova unificada se torna um grande desafio na busca de atender a especialidade necessária a qual cada função pública exige”, avalia Evanildo, que também é servidor público federal e já foi aprovado em dez concursos públicos.
Evanildo confirma que a preparação do candidato inscrito para fazer o CPNU deverá ser direcionada de acordo com bloco das áreas de atuação governamental e respectivos cargos. Ele avalia que um concurso unificado não necessariamente significa mais conteúdo exigido nas provas.
“A prova deverá ser organizada abrangendo conhecimentos básicos aos cargos e conhecimentos específicos da área de atuação”, sugere. “Esta prova funcionará como um estudo de caso que, sendo bem avaliada, poderá ser adotada anualmente como forma de suprir o efetivo de diversos órgãos e entidades que ficam, por vários anos, sem fazer um concurso público e trabalhando com o efetivo abaixo do quantitativo legal”.