Os ataques à imprensa nos últimos meses tem ocorrido em todos as grandes capitais do Brasil, principalmente, em atos organizados por golpitas que defendem intervenção militar e contestam o resultado legítimo das eleições, alegando fraudes no processo eleitoral sem apresentar provas. Desta vez, Belém foi palco de mais um lamentável episódio contra jornalistas, nesta terça-feira (15).
Dois profissionais de imprensa do Pará, que estavam no serviço de suas funções, foram intimidados e ameaçados, de forma covarde por golpistas. Os jornalistas Thiago Gomes e Fabricio Queiroz, do grupo O Liberal, foram alvo de ataques por grupos antidemocracia, que estão acampados em frente ao 2º Batalhão de Infantaria e Selva (2º BIS), do Exército Brasileiro, em Belém.
Thiago e Fabrício estavam realizando a cobertura dos atos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), quando foram hostilizados e atacados por bolsonaristas que ocupam parte da avenida Almirante Barroso há 15 dias.
Os dois jornalistas foram intimidados e hostilizados. Em um momento da ação, Thiago teve seu aparelho celular tomado e foi agredido com socos e chutes por manifestantes. O clima só não piorou porque Polícia Militar chegou ao local e conduziu os jornalistas para a Seccional Urbana de Polícia Civil da Marambaia para registrar as agressões em Boletim de Ocorrência.
Por meio de redes sociais, o Sindicato dos Jornalistas do Pará (SINJOR-PA) emitiu nota lamentando o ataque ao trabalho da imprensa no dia em que se comemora a República no país.
Este não é o primeiro ataque a jornalistas na capital após golpistas ficarem em frente ao 2º BIS: o jornalista da RBATV, Wesley Costa também foi intimidado e ameaçados por manifestantes, na última semana.
O grupo de apoio a Bolsonaro, derrotado nas eleições para Luís Inácio Lula da Silva (PT), no dia 30 de outubro, está concentrado em frente a vários quartéis militares e clamam por uma intervenção militar ilegal, sem base em preceitos da Constituição Federal. Além de Belém, outras cidades brasileiras estão com os mesmos atos contra a democracia durante o feriado.
