Pará segue na liderança como estado que mais desmata a Amazônia

Área desmatada em agosto equivale a cinco vezes o tamanho de Belo Horizonte e é 7% maior do que a registrada no mesmo mês de 2020

Desde maio, o Pará segue consecutivamente no topo do ranking dos estados que mais desmataram na Amazônia, e teve 638 km² destruídos apenas em agosto. Essa área representa 40% de toda a devastação na Amazônia Legal e é maior do que São Luís. No mês de agosto, o Pará concentrou 6 das 10 unidades de conservação do ranking das que mais desmataram e metade dos municípios, terras indígenas e assentamentos. Além disso, Pará e Amazonas seguem como os estados que mais que mais desmatam a Amazônia, somando 66% de toda a destruição em agosto.

Segundo a pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, apenas cinco municípios paraenses que estão na lista dos 10 que mais desmataram acumulam 40% do total de desmatamento identificado no estado, sendo eles: Altamira, São Félix do Xingu, Pacajá, Itaituba e Portel. “Todos estão na lista do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que indica os municípios prioritários para prevenção, monitoramento e controle do desmatamento. E eles ainda apresentam grandes blocos de áreas protegidas em seus territórios, o que torna esse desmatamento ainda mais perigoso e agravante”, comentou.

“Se quisermos evitar que o ano feche com a maior área desmatada da década, precisamos urgentemente adotar ações mais efetivas, como aumentar o embargo de terras já desmatadas ilegalmente e intensificar operações de fiscalização, com a devida punição dos desmatadores”, alerta Antônio Fonseca, pesquisador do Imazon.

Monitoramento da Amazônia – O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), desenvolvido pelo Imazon, é uma ferramenta que utiliza imagens de satélites (incluindo radar) para monitorar a floresta. Além do SAD, existem outras plataformas que vigiam a Amazônia: Deter, do Inpe, e o GLAD, da Universidade de Maryland. Todas são importantes para a proteção ambiental, pois garantem a vigilância da floresta e a emissão de alertas dos locais onde há registro de desmatamento. Os dados fornecidos ajudam os órgãos de controle a planejarem operações de fiscalização e identificarem desmatadores ilegais.

Redação

Recent Posts

Em Marabá, ‘Bebês Noéis’ encantam no ensaio fotográfico no Hospital Regional

A magia do Natal chegou mais cedo à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do…

2 horas ago

Motorista idoso colide com posto de saúde em Tailândia

Um carro desgovernado atingiu o Centro de Saúde Ignácio Koury Gabriel na tarde desta quinta-feira…

2 horas ago

Richarlison e noiva anunciam sexo do primeiro filho

Os dois fizeram um chá revelação para anunciar o sexo do bebê. | (Foto: Reprodução/Instagram)O…

3 horas ago

Produtos da ceia de Natal têm diferenças de quase 190% em São Paulo

Diferença de até 188% nos preços dos produtos mais comuns da ceia de Natal foi…

4 horas ago

MPF pede suspensão imediata de permissões para mineração na APA do Tapajós não autorizadas pelo ICMBio

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou, nesta quarta-feira (18), uma ação civil pública com pedido…

7 horas ago

Bombeiros intensificam buscas de idosa com alzheimer desaparecida em Tailândia

A família de Luzanira Conceição Lima da Silva, de 80 anos, passa por momentos de aflição…

7 horas ago

This website uses cookies.