POLÍCIA CIVIL PRENDE ACUSADOS DE USAR NOME DO PROGRAMA CHEQUE MORADIA PARA ENGANAR MORADORES EM MUANÁ

A Polícia Civil desarticulou um esquema criminoso para aplicar golpes contra pessoas idosas que residem em Muaná, na Ilha do Marajó, nesta quinta-feira (17). Investigações realizadas pela equipe policial da Delegacia do município levaram às prisões em flagrante de Jerferson da Rocha Lopes; Antonio Ronildo Souza Nascimento e de Manoel do Espírito Santo Tavares. Sob promessa de repassar valores financeiros referentes ao programa Cheque-Moradia do Governo do Estado, os golpistas solicitavam às vítimas quantias em dinheiro para incluí-las em um suposto cadastro. Até o momento, oito pessoas já foram identificadas como vítimas do golpe no município, mas a estimativa é de que esse número chegue a 20. Os presos irão responder por estelionato contra idosos, associação criminosa e tráfico de influência majorado.

Os crimes, explica o delegado Reginaldo Gonçalves, titular da Delegacia de Muaná, ocorreram em localidades da zona urbana do município. As investigações tiveram início após a equipe da Delegacia receber informações de que três homens estavam no município, onde haviam abordado moradores – pessoas idosas e aposentados – aos quais prometeram valores que chegavam até R$ 24 mil em Cheque Moradia, programa social administrado pela Cohab (Companhia de Habitação do Estado do Pará), que possibilita a pessoas com renda de até três salários-mínimos custear a construção, ampliação ou reforma de suas casas.

Para tanto, explica o delegado, os acusados convenciam os moradores a pagar valores para que fossem incluídos em um cadastro. A partir dessa informação, a equipe da Polícia Civil de Muaná passou a monitorar a ação do grupo no município. Nesta quinta-feira (17), os policiais civis receberam informações de que o grupo estava aplicando o golpe junto a idosos do município, aos quais prometeram Cheque-Moradia.

“Uma idosa chegou, inclusive, a dirigir-se a um caixa eletrônico em companhia de Antonio, um dos acusados, e fazer o saque de R$ 12 mil em benefício do grupo”, explica o delegado. Segundo o delegado, a estimativa é de que os acusados tenham enganado um total de 20 pessoas. “As vítimas foram induzidas a crer que eles possuiriam influência junto a servidores públicos da Cohab, sem prejuízo de terem igualmente utilizado de ardil para obter vantagem ilícita de idosos”, ressalta.

O delegado Guilherme Gonçalves e a investigadora Anna Thays foram até o local onde os acusados estavam e os prenderam em flagrante. Com os presos, foram apreendidas máquinas usadas na transferência bancária mediante o uso de cartões, um pendrive e cópias de documentos. Os três foram conduzidos à Unidade Policial de Muaná para lavratura de procedimento flagrancial. “Há indícios de atuação do trio em outros municípios e, possivelmente, com outros nomes”, reiterou o delegado titular da Delegacia de Muaná. Outras vítimas dos acusados que os reconhecerem podem entrar em contato com a Delegacia de Muaná pelo fone (91) 3494-1193.

Polícia Civil