Abaixo seguem as fotos de todos os comprovantes de restituição dos valores que a mim foram repassados para os devidos interessados (docentes patrocinadores), ato que nunca me opus a realizar, apenas gostaria de ter feito tal repasse para outro membro da Comissão que não fosse Igo e também uma explicação do porquê de minha retirada da Comissão Organizadora da Parada como se deixava nítido na nota emitida, o que até agora não fora feito. Sendo assim, gostaria que Igo Silva, deixasse de navegar nas águas da arbitrariedade e me apontasse (com provas concisas): QUAL CRIME COMETI? ROUBO? ESTELIONATO?
Por sorte, vivemos em um País onde, segundo princípios do Direito Penal e Processual Penal “o ônus da prova cabe a quem acusa”, e sendo assim convido o Coordenador-Chefe a apontar provas de suas alegações, que até agora foram motivadas unicamente por ódio político e intolerância; uma vez que nos últimos meses nossas decisões vinham tomando sentidos opostos, não suportando a oposição e divergências de minhas colocações, o mesmo resolveu me perseguir de maneira infame e covarde, boicotando minha presença em espaços democráticos (como a Parada LGBTI) e atacando levianamente minha honra e o equilíbrio de meu convívio social e familiar.
Igo Silva, atual presidente do DCE JR. E ACADÊMICO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DA UNIFESSPA, não suportou a ideia de que eu, mulher travesti, com opiniões políticas próprias, uma imagem pública de visibilidade e uma caminhada de luta por direitos políticos e sociais para pessoas “trans” e “travesti” especificamente, pudesse influenciar o mar de alienação que o rodeia e quiçá, ocupar o seu lugar, posicionamento preocupante para alguém que se propõe a liderar a juventude acadêmica. Tão que tal história absurda não só é a mesma que os protagonistas eminentes da LGBTfobia utilizam para estereotipar e marginalizar a figura de uma travesti como também reforça e reproduz tais estereótipos, afinal é muito fácil para as pessoas acreditarem que a travesti é ladra.
Não sendo o bastante, o coordenador prestou-se ao papel de veicular meu nome civil em seu posicionamento para mídia, ato este totalmente TRANSFÓBICO e cruel, que me deixou totalmente desestruturada com tamanha deslegitimação pública e o mesmo ainda insiste em espalhar boatos e comentários que põem em questionamento a minha sexualidade, isso mesmo, por incrível que pareça, o “organizador chefe” da Parada LGBTI, também tem pitadas de hipocrisia, uma vez que questiona abertamente o fato de eu ser uma mulher transexual e ao mesmo tempo casada com uma mulher bixessual e tendo dois filhos. Gostaria de saber qual o incomodo de Igo com este aspecto de minha vida? O amor não é livre como prega o Movimento LGBTI?
Igo Silva também faz parte da Juventude LGBT do Partido dos Trabalhadores e dedica-se em sua “pré-campanha” para vereador da Cidade de Marabá, como ele mesmo havia mencionado para mim no dia 4/9/2018 durante a discussão, deixando claro que a X Parada LGBTI de Marabá será “palco/gancho politico” para sua campanha de 2020, demonstrado com tudo isso o tipo de político que se tornará: OPRESSOR, INTOLERANTE, COVARDE, PERSEGUIDOR E PRECONCEITUOSO.
Informo que as devidas ocorrências por crimes contra a honra já foram registradas contra Igo Silva, uma vez que o mesmo realizou acusações gravíssimas sem o devido bojo probatório; em breve será ajuizada uma Ação Indenizatória em face do mesmo, através de minha assessoria jurídica já acionada, visando à reparação pecuniária de todos os danos que minha família e eu sofremos com tudo isso. É lamentável ver que alguém que ocupa cargos importantes para a defesa de direitos, seja na verdade um ditador irracional e hipócrita, oprimindo LGBTS e perseguindo politicamente seus opositores. Igo Silva também já é caso de polícia, e desta vez com as devidas provas, e em breve será caso do Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Por fim, volto a pedir um posicionamento das entidades e indivíduos responsáveis pela organização da X Parada LGBTI de Marabá a respeito do porquê de minha retirada deste espaço democrático, onde o coordenador segue com atos levianos e de puro interesse pessoal, como bem demonstrado foi ao público LGBTI nos últimos eventos voltados para o mesmo.
Fonte: Carta Aberta publicada por Melissa Gabriela
Fotos e documentos: Fornecidos por Melissa Gabriela
Resposta da Comissão Organizadora
Em contato com Igo Silva, Presidente da Comissão Organizadora da X Parada LGBTI de Marabá, composta por seis entidades sociais, ele informou que foi decidido, em reunião, que não haverá mais manifestações públicas a respeito do caso, por entender que as duas partes já ajuizaram ações na justiça. Segundo o Presidente, todos as ações e esforços deverão estar voltados para a realização da 10ª Parada do Orgulho LGBTI de Marabá, no dia 10/9/2018, domingo, na Orla do Rio Tocantins.