Categories: BrasilEconomia

Conferência aprova 80 propostas de políticas sobre economia solidária

A 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes) terminou neste sábado (16), no Centro de Treinamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), em Luziânia (GO), com a aprovação de 80 propostas de políticas públicas que serão entregues ao governo federal. O setor envolve iniciativas que adotam um modelo de autogestão baseado no cooperativismo, na solidariedade e no comércio justo.

O encontro foi aberto na quarta-feira (13) e marcou a retomada da iniciativa de participação social interrompida desde 2014, quando foi elaborado o 1º Plano Nacional de Economia Popular e Solidária.

Segundo o secretário nacional de Participação Social, Renato Simões, além de promover uma atualização do Plano Nacional de Economia Popular e Solidária, a retomada do Conaes faz parte da Estratégia Nacional de Participação Social, que, desde 2023, já restabeleceu 100 conselhos nacionais e retomou 28 conferências realizadas no país com o objetivo de ouvir a população. “Foi um processo muito rico de reconstrução dessa participação desde a base até o plano nacional, na reconstrução das políticas públicas”, afirmou durante o encerramento do encontro.

O 4º Conaes sintetizou os debates e as sugestões apresentadas nas etapas preparatórias, quando foram realizadas 185 conferências locais, 27 estaduais e 14 temáticas e envolveram a participação de 6 mil pessoas de 1.584 municípios.

As propostas aprovadas foram organizadas em quatro eixos temáticos:

  1. Produção, comercialização e consumo;
  2. Financiamento, crédito e finanças públicas;
  3. Educação, formação e assessoramento técnico;
  4. Ambiente institucional, legislação, gestão e integração de políticas públicas.

Entre as demandas apresentadas estão a criação de um Ministério da Economia Popular e Solidária, de centros públicos de economia solidária nos municípios e territórios, além de um Programa Nacional de Feiras da Economia Popular Solidária.

As demandas preveem ainda um Sistema Nacional de Finanças Solidárias e um Fundo Rotativo Nacional de Economia Solidária, além da destinação de no mínimo 0,1% do Orçamento público para contratação de assistência técnica, formação de educadores e outras iniciativas de apoio ao modelo de autogestão.

A plenária final aprovou também 17 moções a serem integradas no relatório da conferência e encaminhadas aos órgãos citados.



Agência Brasil

admin

Recent Posts

BC fecha cerco a contas-bolsão e regulamenta serviços bancários

O Banco Central (BC) deu um novo passo nesta sexta-feira (28) para restringir o uso…

8 horas ago

Mercado reduz previsão da inflação para 4,43% este ano

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)…

1 dia ago

Pagamento por aproximação passa a ser usado no Metrô de São Paulo

A partir desta segunda-feira (1º), o pagamento da tarifa do Metrô em São Paulo poderá…

2 dias ago

Rio sedia 1ª Cúpula Popular do Brics para debater Sul Global

Começou nesta segunda-feira (1º). no Armazém da Utopia, no centro do Rio de Janeiro, a 1ª…

2 dias ago

Semana de Economia Brasileira resgata avanços dos últimos 40 anos

A 1ª Semana da Economia Brasileira reúne no Rio de Janeiro, a partir desta segunda-feira…

3 dias ago

This website uses cookies.