Categories: MarabáNotícias

Democratas e republicanos questionam legalidade do ataque de Trump ao Irã

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de atacar o Irã gerou debate em torno da legalidade do ato, questionada tanto por democratas quanto por alguns republicanos.

Trump disparou bombas sobre as instalações nucleares iranianas sem consultar previamente o Congresso. Opositores do presidente condenaram a ofensiva, afirmando ser ela inconstitucional e motivo para impeachment.

Uma ala dos parlamentares agora tenta forçar a aprovação de uma resolução que poderia brecar futuros ataques do presidente ao Irã sem o aval do Congresso. O movimento, porém, enfrenta obstáculos para passar diante de uma maioria republicana no Senado e na Câmara e do fato de que os presidentes das duas Casas apoiam a decisão de Trump.

Conteúdo relacionado

O questionamento sobre a legalidade da ação do presidente americano decorre da Resolução dos Poderes de Guerra. A lei determina que o presidente só pode lançar ataques militares em três circunstâncias: uma declaração de guerra; com uma autorização específica do Congresso; e em caso de emergência nacional criada por um ataque aos Estados Unidos, seus territórios ou possessões, ou às suas Forças Armadas.

Dois parlamentares republicanos e uma série de democratas afirmam que não havia ameaça iminente aos EUA que justificasse uma decisão unilateral de Trump. Outros, como o presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmaram que o governo precisava agir.

O ataque contraria a posição de Trump, que pregava o afastamento dos EUA de guerras e por isso também gerou críticas sutis de líderes da base mais à direita, como Steve Bannon e Tucker Carlson, que se opõem ao envolvimento do país no conflito no Oriente Médio.

Neste domingo (22), o vice-presidente, J. D. Vance, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, tentaram enfatizar que os EUA não estão em guerra com o Irã, embora Trump já tenha ameaçado com novos ataques caso o país persa não busque um acordo pela paz.

A ação reacendeu um antigo debate sobre os limites do poder presidencial em questões de guerra. O deputado republicano Warren Davidson, de Ohio, aliado frequente de Trump, expressou preocupação com a legalidade da operação. “Embora a decisão do presidente Trump possa vir a ser justa, é difícil conceber uma justificativa que seja constitucional.”

O deputado republicano Thomas Massie (Kentucky) foi ainda mais direto em sua crítica. “Isso não é constitucional”, disse, além de apresentar uma resolução bipartidária para impedir ações militares contra o Irã sem autorização expressa do Congresso, por meio de uma declaração de guerra ou autorização formal para o uso da força.

O deputado quer que o Congresso aprove sua resolução. Massie também criticou o fato de o Congresso estar em recesso no momento do ataque. “Francamente, deveríamos ter debatido isso,” disse em entrevista à CBS. Em resposta, Trump criticou Massie nas redes sociais e, segundo o site Axios, iniciou um movimento para tentar destitui-lo da cadeira.

Quer ver mais notícias? Acesse nosso canal no WhatsApp

Segundo o The New York Times, o governo americano avisou o presidente da Câmara, Mike Johnson, e o do Senado, John Thune, pouco antes de disparar bombas nas instalações nucleares do Irã. Alguns líderes democratas foram avisados apenas lateralmente da ação que ocorreria.

A deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez afirmou que a decisão de Trump configura motivo claro para impeachment: “O presidente violou gravemente a Constituição e os poderes de guerra do Congresso. Ele impulsivamente arriscou iniciar uma guerra que pode nos arrastar por gerações.”

No Senado, o democrata Tim Kaine (Virgínia) afirmou que pressionará por uma votação para impedir novas ações sem autorização do Legislativo, chamando o ataque de “uma guerra ofensiva por escolha.” “Espero que membros da Câmara e do Senado levem a sério suas responsabilidades segundo a Constituição,” disse em entrevista à Fox News.

Durante um discurso em Tulsa, o independente Bernie Sanders, um dos mais importantes opositores de Trump, criticou os ataques. “A única entidade que pode levar este país à guerra é o Congresso dos EUA. O presidente não tem esse direito.” A plateia respondeu com gritos de “sem mais guerra!”

DOL

Zap Marabá

O Site Zap Marabá foi criado com o intuito de dividir experiências e informações com o público Marabaense e de toda a região do Pará. Abordando diversos temas, mas principalmente temas policiais, o site vem conquistando cada vez mais leitores e seguidores nas redes sociais. Hoje contamos com mais de 17k de seguidores no facebook. Dentre os assuntos abordados, podemos destacar, ocorrências policiais, vagas de emprego, saúde, politica etc..

Recent Posts

Receita alerta para falsas cobranças com nome e CPF do contribuinte

Criminosos têm utilizado nome, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e até endereços verdadeiros de contribuintes…

19 horas ago

Instituto criará centro especializado em energia renovável no oceano

Um projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) prevê a criação do Centro Temático…

2 dias ago

Projeto contra devedor contumaz separa joio do trigo, diz secretário

No dia seguinte à operação “Poço de Lobato”, que mirou sonegação fiscal de R$ 26…

2 dias ago

Bolsa volta a bater recorde e tem maior alta em 15 meses em novembro

Em mais um dia de otimismo no mercado financeiro, a bolsa renovou o recorde histórico,…

3 dias ago

This website uses cookies.