Em clássicos como o Re-Pa, a rivalidade costuma se sobrepor à lógica, mas é impossível ignorar os protagonistas que ajudam a moldar a expectativa em torno da final. No primeiro duelo entre Clube do Remo e Paysandu que define o título do Campeonato Paraense de 2025, os holofotes se voltam para Pedro Rocha e Rossi – dois atacantes em fases distintas, mas igualmente decisivos para suas equipes.
Pelo lado azulino, Pedro Rocha é, até aqui, o nome mais quente do futebol paraense na temporada. Recuperado de uma grave lesão sofrida em 2023, o atacante chegou ao Remo no início do ano após passagem pelo Fortaleza e rapidamente se firmou como referência técnica e ofensiva. Com 4 gols marcados na Série B, ele é o artilheiro isolado da competição nacional. No total, soma 8 gols em 2025, incluindo 3 pelo Parazão e 1 na Copa do Brasil.
Além dos números, o centroavante azulino tem sido crucial em momentos importantes, participando diretamente das vitórias que embalaram o Leão no G4 da Série C. “Pedro Rocha tem sido uma peça-chave no nosso sistema ofensivo. Sua recuperação plena foi um ganho imenso para o clube”, declarou recentemente o técnico Daniel Paulista em coletiva.
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Do outro lado do Mangueirão, Rossi representa a esperança bicolor de desequilibrar o clássico. Contratado no início de 2025, o atacante – que segue como dúvida na escalação inicial do Paysandu devido a uma lesão – estreou no Campeonato Paraense e, embora ainda não tenha balançado as redes na Série B, foi o grande nome da campanha vitoriosa na Copa Verde, marcando 4 gols e se consagrando como artilheiro da competição. Na temporada, já são 8 gols contabilizados oficialmente – também tem quatro no Estadual -, além de uma assistência.
Além disso, Rossi representa mais do que um atacante: é considerado o termômetro do time por boa parte da torcida. Contratado em janeiro de 2025, caiu rapidamente nas graças da Fiel por sua entrega em campo e pela postura de liderança – em muitos momentos, age como um técnico dentro das quatro linhas, orientando os companheiros e mantendo a equipe unida nos momentos difíceis.
Ao mesmo tempo, a comparação entre os dois artilheiros evidencia o cenário atual de cada equipe. Enquanto Pedro Rocha simboliza a fase ascendente do Remo, que briga entre os líderes da Série B, Rossi é um dos poucos destaques de um Paysandu que, mesmo com os títulos recentes, vive dias difíceis na Segundona, ocupando a vice-lanterna da tabela.
Mas clássico é clássico, e tudo pode acontecer. No Parazão, onde a tradição pesa e os detalhes fazem a diferença, Pedro Rocha e Rossi entram em campo não apenas para decidir um título, mas para escrever mais um capítulo na eterna disputa entre Leão e Papão.
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