Piloto da Polícia Civil é baleado durante operação no Rio

O piloto da aeronave foi atingido por disparos durante uma operação da Polícia Civil. | Reprodução/PCRJ

A escalada da violência no Rio de Janeiro voltou a atingir diretamente as forças de segurança. Na manhã desta quinta-feira (20), um piloto da Polícia Civil foi baleado enquanto participava de uma operação contra o roubo de vans na Vila Aliança, na Zona Oeste da cidade. A ação policial tinha como alvo uma quadrilha especializada na subtração e desmanche de veículos, mas acabou marcada pela troca de tiros intensa entre criminosos e agentes.

O piloto, identificado como Felipe Marques Monteiro, estava a bordo da aeronave quando foi atingido por um disparo. Ele foi imediatamente socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal Miguel Couto, onde seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o momento em que o helicóptero foi alvejado por diversos tiros, evidenciando a violência do confronto.

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A operação mirava um grupo criminoso que atua principalmente na Zona Oeste do Rio, desmontando os veículos roubados para vender suas peças no mercado clandestino. Até o momento, seis suspeitos foram presos, mas a região segue em clima de tensão, com registros de tiroteio e barricadas em chamas.

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Segundo as investigações, a quadrilha opera com alto nível de organização, contando com batedores, responsáveis pelos roubos, receptadores e desmanchadores. O líder do grupo foi flagrado em diversas conversas coordenando as ações da facção, determinando alvos e negociando veículos roubados. Além dele, outros integrantes foram identificados pela Polícia Civil.

PRISÃO EM FLAGRANTE

Durante as diligências, um dos comparsas do grupo foi preso em flagrante enquanto dirigia uma van recém-roubada, reforçando a especialização da quadrilha nesse tipo de crime. Os levantamentos apontam que a atuação do bando gerou um prejuízo superior a R$ 5 milhões ao setor de transporte turístico do estado apenas em 2024.

Além das prisões, os agentes buscam apreender armas, celulares e outros materiais que possam servir como provas contra os envolvidos. A ação faz parte da segunda fase da “Operação Torniquete”, que tem como objetivo coibir o roubo, furto e receptação de cargas e veículos — crimes que financiam as atividades de facções criminosas e suas disputas territoriais. Desde setembro, a operação já resultou na prisão de mais de 450 suspeitos, além da recuperação de veículos e mercadorias subtraídas.

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