Na manhã desta sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025, uma operação conjunta da Polícia Federal, ICMBio, Ibama e Força Nacional desativou um garimpo ilegal de cobre em Canaã dos Carajás, sudeste do Pará. A ação ocorre após a prisão de três garimpeiros que ficaram presos em um poço aberto ilegalmente na mesma região no mês passado.
Até o momento, foram inutilizados ou apreendidos 10 motores estacionários, 15 acampamentos, duas canoas, um motor rabeta, duas armas artesanais e duas pás carregadeiras. Os poços de extração de cobre alcançam profundidades de até 50 metros e comprimentos totais de 100 metros, apresentando riscos significativos à vida dos trabalhadores e condições análogas à escravidão.
O ICMbio estima que a exploração ilegal causou prejuízos superiores a R$ 362 milhões pela usurpação de bens minerais da união nos últimos cinco anos, além de R$ 6,2 milhões em danos ambientais.
A operação foi realizada com base em mandados de busca e apreensão que autorizaram a destruição das máquinas e alojamentos usados no garimpo ilegal dentro da Floresta Nacional de Itacaiúnas. Dois mandados de prisão foram expedidos contra suspeitos de financiar a extração ilegal de cobre, além da penhora solidária de R$ 6 milhões de três investigados para reparar os danos ambientais e econômicos.
A região já foi alvo de diversas operações contra o garimpo ilegal; no entanto, a exploração frequentemente retorna com estruturas ainda maiores. A atividade é sustentada por financiadores externos que investem em infraestrutura, como energia elétrica e alojamentos para os trabalhadores, prejudicando a biodiversidade local.
Na quinta-feira (6/2), a PF também atuou na desativação de áreas de garimpo ilegal para extração de ouro em Parauapebas, onde a atividade irregular polui rios essenciais para o abastecimento da cidade.
Fonte: PFPA
