Três serrarias que estariam atuando de maneira irregular foram fechadas pela Polícia Federal em Nova Esperança do Piriá, nordeste do Pará, na quarta-feira (9/10). A ação, que ocorreu de maneira conjunta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ainda resultou na prisão de uma pessoa no local. Segundo as investigações iniciadas em 2021, as empresas extraíam madeira na Terra Indígena Alto do Rio Guamá, realizavam o beneficiamento e vendiam, tudo de maneira ilícita.
A operação ainda contou com o apoio do Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros e Equatorial Energia. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão contra os possíveis responsáveis pelas serrarias. Eles já haviam cumprido medidas cautelares, inclusive prisão, por conta da suspeita. No cumprimento de um dos mandados, o alvo foi preso em flagrante por posse ilegal de arma. A carabina artesanal, não registrada, foi apreendida e levada com o preso para autuação na Unidade da Polícia Civil na cidade.
Conforme a PF, a ação teve objetivo de investigar serrarias que funcionam sem o Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais e exploram madeira extraída de território indígena. Nos locais, foram inutilizadas as estruturas usadas no crime, para desestruturar essa prática e evitar a reincidência. Madeira em tora foi inutilizada e a beneficiada – cerca de 1.025 metros cúbicos – foi recolhida para doação. Duas pás carregadeiras foram apreendidas.
Equipamentos sendo inutilizados no local (Foto: Polícia Federal)
Segundo a PF, a madeira ilegal possivelmente é “esquentada” por meio de notas fiscais e documentos de Guia Florestal falsos, para dar ares de legalidade ao produto introduzido no mercado. Em muitos casos, eles são destinados a grandes grupos e até à exportação. Os compradores identificados poderão responder por receptação qualificada
Além disso, foi identificado que as serrarias fechadas furtavam luz da rede de energia elétrica, causando um prejuízo mensal de quase 100 mil. A estrutura da ligação irregular foi desmontada e os transformadores,que custam cerca de 25 mil cada, foram recolhidos pela concessionária de energia. A área já havia sido alvo de outras operações da Polícia Federal em 2016 e 2020.
Comunicação Social da Polícia Federal no Pará
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