O Paysandu anunciou o retorno do técnico Márcio Fernandes e está prestes a oficializar a volta do executivo de futebol Felipe Albuquerque. No entanto, os antigos ocupantes desses cargos continuam sendo notícia.
Os conflitos nos bastidores do Papão parecem não ter fim, mesmo com a saída dos profissionais envolvidos. Desta vez, o ex-executivo Ari Barros resolveu responder às declarações do ex-técnico Hélio dos Anjos.
O embate entre os dois já era de conhecimento público e culminou na demissão de Ari. Na última coletiva, antes de também deixar o clube, Hélio não economizou críticas ao antigo executivo.
“Chegou um momento que passei a ser condenado por tomar decisão e quem toma decisões atinge. Depois de 20 dias, a imprensa fomenta e joga indireta para mim, com o título ‘Ninguém pode ser maior que o Paysandu. Eu não sou maior que o clube, mas enquanto estiver no Paysandu, o departamento de futebol terá comando. Aqui não é lugar para preguiçoso, de pessoas que estavam fazendo coisinhas que, para mim, são antiéticas”, destacou.
“Forçar a profissionalização de um filho, no dia a dia, nunca estava presente. Na véspera do jogo contra o Brusque, estava com seu analista, jantando e discutindo a minha situação no Paysandu com o empresário de outro treinador. Só que eles foram tão burros, que fizeram isso há 400 metros da minha casa. Quando eu tomei a decisão de que eu não trabalho (com ele, Ari), o clube que toma decisão, mas eu não trabalho mais nunca com ele, que usa a imprensa para autoelogio”, ressaltou.
“Sabe os motivos do Paysandu jogar sete partidas fora de casa no Campeonato Paraense? Ele (Ari) nos representou. O congresso técnico abre para discutir, bate-papo e, enquanto o Papellin (executivo do Clube do Remo) trabalhava brilhantemente e o presidente do Água e o Castanhal, discutindo, o meu representante estava dormindo. Sabe quem jogou isso na minha cara? A FPF. Quando cobrei da Federação ocorreu isso”, finalizou.
“Lamentavelmente, vejo-me obrigado a elaborar essa nota, com tristeza e indignação, para responder às ofensas que o Sr. Hélio dos Anjos fez à minha pessoa e à minha família, em sua inaceitável “entrevista coletiva”, quando, ao invés de cumprir a sua função e se concentrar nos problemas do clube, decidiu me atacar para desviar o foco.
Em primeiro lugar, registro que sou executivo de futebol há seis anos e conquistei em todos os clubes por onde passei. Em todos os clubes, deixei a marca de profissionalismo, dedicação, compromisso, trabalho sério e amizade.
Sobre meu filho, ele tem a carreira dele e minha conduta de pai é de apoio aos anseios profissionais dele. Nunca fiz nada além de apoiar o meu filho na sua trajetória, sendo que a fala do Sr. Hélio dos Anjos nesse aspecto fala muito mais do caráter dele, do que de mim. Da mesma forma que o filho dele o acompanha, o meu também, o que foi feito com autorização da diretoria.
Quanto ao aluguel do meu carro, que estava parado e sem uso, foi uma situação excepcional, que só me diz respeito e ocorreu para ajudar, de imediato, na solução de um problema.
Por outro lado, quem me conhece, sabe que sou um trabalhador incansável, que sempre cumpro as regras estipuladas por minha diretoria, e me dedico muito para atingir, de forma ética, os objetivos do clube que defendo, sendo lamentável a conduta de distorcer fatos para tentar denegrir a minha imagem, silenciando sobre o conjunto do trabalho exitoso desenvolvido que levou o Paysandu ao acesso à Série B e aos títulos do Campeonato Paraense e da Copa Verde, em menos de um ano.
Ainda sobre minha ética, destaco que, como Executivo de Futebol, é da minha função falar com todos do ambiente do futebol, escutar propostas dos agentes do esporte e levar elas para a Diretoria, mas não tratei com empresário sobre a demissão de Hélio, embora pudesse fazer isso, a qualquer momento, sempre levando em consideração o desejo da Diretoria, a quem sou subordinado, e o melhor caminho para uma instituição do tamanho do Paysandu.
A verdade é que a arrogância não respeita as pessoas nem a hierarquia, que quem se autopromove é o Sr. Hélio dos Anjos e esse é o histórico dele, que atacou e tentou subverter as coisas, em vários clubes por onde passou, tentando ser maior que a instituição e de quem chamava de “amigo”.
Não tenho inimigos, não quero ter e sempre defendi equilíbrio e justiça na distribuição dos bichos dos jogos, sendo as falas do Sr. Hélio dos Anjos uma tentativa de enganar pessoas do bem e voltar elas contra mim.
Hélio ainda me condena por exercer o direito de levar minha família para um jogo na Paraíba, minha cidade natal, e ter utilizado, por alguns dias, de minha licença paternidade, para ficar com meu filho, o que não considero um erro.
Óbvio que devo ter cometido erros, mas sei do meu valor e da minha índole. Tenho a consciência tranquila de que dei o melhor para não desmerecer a confiança da diretoria e fazer o Paysandu crescer como clube, pois, acima de tudo, tenho uma família e um Deus para honrar.
O Paysandu tem um grupo de jogadores de caráter e tenho certeza de que serão capazes de recolocar o clube no caminho das vitórias. Basta a união de todos e o apoio da Fiel Bicolor.
Toda a lamentável conduta do Sr. Hélio dos Anjos, seja antes ou depois da minha saída do Paysandu, há um mês, será tratada, daqui por diante, pelos meus advogados, que estão autorizados a tomar todas as medidas judiciais cabíveis.”
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