Índice da B3 mede desempenho das ações de empresas inclusivas

Organizações que promovem a representatividade de grupos sub-representados no mercado serão incluídas no novo índice da bolsa de valores do Brasil

No final de 2023, a Bolsa de Valores do Brasil (B3) anunciou o lançamento do IDIVERSA B3, primeiro índice da América Latina a conjugar critérios de gênero e raça para compor uma carteira inclusiva. O novo indicador tem como principal objetivo reconhecer organizações que se destacam em diversidade. 

Em entrevista ao site da B3, a vice-presidente de Pessoal, Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Investimento Social Privado da B3, Ana Buchaim, apontou que essa iniciativa deve ajudar a induzir práticas de ESG no mercado, além de trazer mais uma tese de investimento. 

Propostas como o IDIVERSA B3 mostram que o mercado brasileiro caminha em direção a um futuro mais equitativo, com oportunidades iguais para todos. De olho nessas qualidades, os investidores preocupados com pautas sociais e interessados em ações podem utilizar esse índice para selecionar empresas que promovam maior representatividade de grupos sub-representados no mercado, como gênero feminino, pessoas negras e indígenas. 

Entenda como funciona o IDIVERSA

Segundo a B3, o indicador foi construído com base em dados públicos do Formulário Referência (FRe), um requisito anual para empresas de capital aberto. No ano em que foi lançado o IDIVERSA, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) passou a exigir a apresentação do número de funcionários, integrantes dos órgãos de administração e dos conselhos da companhia, agrupados por gênero e raça. 

A partir dos dados obtidos nesse processo, a B3 dá uma nota para cada empresa, o Score Diversidade. É o resultado dessa pontuação, juntamente com critérios de liquidez, que define quais serão as organizações que irão compor o novo índice.

O indicador de diversidade da B3 também leva em consideração o quão próxima ou distante a companhia está da distribuição de diversidade da população brasileira, usando como base os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Conforme divulgado pela B3, para entrar no IDIVERSA, a companhia precisa ter ao menos uma mulher ou uma pessoa negra no Conselho de Administração e uma mulher ou pessoa negra na Diretoria Estatutária. Nos casos de ter apenas uma pessoa em uma dessas áreas, a participação é invalidada. 

Há ainda outros critérios de inclusão, como estar entre os ativos elegíveis que, no período de vigência das três carteiras anteriores, em ordem decrescente de índice de Negociabilidade (IN), representem em conjunto 99% do total desses indicadores. Além disso, a empresa precisa ter presença em pregão de 95% no período de vigência das carteiras anteriores e não ser classificada como penny stock – com ações negociadas a preços muito baixos, na casa dos centavos.

Entre os parâmetros de exclusão, conforme a B3, estão os ativos que deixarem de atender qualquer um dos critérios de inclusão e os que, durante a vigência da carteira, passarem a ser listados em situação especial. 

A primeira carteira do IDIVERSA

A primeira carteira do IDIVERSA está disponível na B3 e conta com 79 ativos de 75 empresas, abrangendo dez setores econômicos diferentes. Entre as empresas com maiores pesos na carteira estão o Banco do Brasil (BBSA3), Hypera Pharma (HYPE3), Raia Drogasil (RADL3), Sabesp (SBSP3), Renner (LREN3), Petrobras (PETR4 e PETR3), Equatorial Energia (EQTL3), Assaí (ASAI3) e Localiza (RENT3).

Outros incentivos da B3 às causas sociais

Além de iniciativas como os indicadores de ESG, a B3 também incentiva causas sociais no país. Conforme divulgado no site da Bolsa de Valores, a B3 Social pretende investir cerca de R$ 60 milhões em 2024. 

A iniciativa considera doações diretas e via leis de incentivo, com prioridade para propostas que contribuam com a melhoria estrutural da educação pública brasileira. Do valor doado, R$ 21,7 milhões serão destinados para 32 projetos em todo o país que atuam na educação pública. 

Além disso, 67% do valor das doações estão alocados para projetos que atuam com política pública e 85% em projetos com parcerias com outras organizações ou governos. Desses projetos, 98% são organizações sociais que possuem diversidade de gênero e raça em sua liderança, o que reforça a diretriz de iniciativas como a IDIVERSA B3.

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