O Ministério da Saúde enviou, no fim de semana, cerca de 700 mil doses da nova vacina da Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica americana Moderna e destinada a uma variante mais recente do vírus, a XBB, a 11 estados. São eles: Acre; Amapá; Ceará; Espírito Santo; Minas Gerais; Mato Grosso do Sul; Paraíba; Pernambuco; Piauí; Rondônia e Santa Catarina.
Essa é a segunda remessa do novo imunizante distribuída pela pasta – na quinta-feira passada, Goiás, Maranhão, Paraná e Mato Grosso receberam cerca de 360 mil unidades. Os lotes fazem parte da compra de 12,5 milhões de doses adquiridas pelo governo federal com a Moderna, que começaram a chegar no país no último dia 2.
A previsão do ministério é que a vacina chegue até o fim da semana a outras nove unidades da federação: Alagoas; Amazonas; Bahia; Distrito Federal; Roraima; Rio Grande do Sul; Sergipe; São Paulo e Tocantins. E, até o fim do mês, a todos os estados.
O imunizante chega no momento em que estados e municípios haviam interrompido a vacinação pela falta de estoque contra a Covid-19. No início do ano, a pasta chegou a dizer que as novas doses chegariam em março, o que não aconteceu. O contrato com a Moderna foi fechado apenas no final de abril.
O ministério atribuiu a demora ao processo de licitação com a Pfizer e a Moderna. “Essa é a primeira vez que empresas concorrentes disputam o fornecimento de vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Todas as aquisições anteriores foram feitas em um ambiente sem concorrência. A medida possibilitou uma economia de R$ 100 milhões”, disse em nota na época.
A última versão da vacina é chamada de monovalente pois contém apenas uma versão do vírus causador da Covid-19: a XBB, uma subvariante da Ômicron. A composição seguiu recomendação do grupo técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS), que periodicamente tem orientado as farmacêuticas sobre qual cepa do coronavírus usar no imunizante.
É por isso, por exemplo, que doses que não foram adaptadas, feitas apenas com a versão original do vírus, de 2019, como a de Oxford/AstraZeneca, têm sido descontinuadas pelas fabricantes.
No Brasil, a nova dose será ofertada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para indivíduos a partir de 6 meses que ainda não receberam nenhuma proteção contra a Covid e para certos grupos prioritários como um reforço que deve ser feito anualmente ou a cada seis meses.
Por: Dol
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