A partir desta segunda-feira (1º), farmácias de todo o país podem aumentar o preço de todos os medicamentos em até 4,5%. O reajuste é autorizado pelo Governo Federal e ocorre todos os anos, seguindo a tendência de variação da inflação. Em Belém, farmácias localizadas no bairro da Pedreira ainda não haviam feito o reajuste na manhã de hoje. Consumidoras falam sobre o possível impacto da subida de preços em seus orçamentos.
A profissional do lar Zilda Pinheiro Farias, 63 anos, toma continuamente remédios para controle da pressão alta, da circulação sanguínea e do colesterol. Ela costuma gastar R$ 300 por mês para adquirir os três medicamentos. “Eu já ouvi falar na televisão que vai ter aumento. O meu remédio da pressão alta já é caro: eu compro por cento e poucos [reais], às vezes pego umas ofertas que sai por R$ 90”, calcula.
Zilda Pinheiro Farias, 63 anos, profissional do lar (Foto: Carmem Helena | O Liberal)
Dona Zilda deve ser impactada diretamente pelo possível reajuste. “Tem mês que eu não tenho esse dinheiro pra comprar, entendeu? Aí uma ajuda daqui, outra dali… até amigos meus já até compraram pra mim”, relata a idosa. Além de contar com a solidariedade de pessoas próximas para adquirir os fármacos, ela busca economizar indo sempre à mesma farmácia, onde costuma encontrar os remédios que precisa mais em conta.
Paula Neves, gerente da farmácia onde dona Zilda compra seus medicamentos, explica que o reajuste anual autorizado por meio de uma definição da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) estabelece um teto para que os estabelecimentos reajustem seus produtos. “Durante o ano, as farmácias vão praticando os descontos, mas o preço final não pode exceder o reajuste autorizado pelo governo. A farmácia pode, inclusive, manter o seu desconto e, quando isso ocorre, não é perceptível o aumento de preços”, afirma.
Cássia Silva, 56 anos, técnica de enfermagem (Foto: Carmem Helena | O Liberal)
Outra gerente de farmácia localizada na Pedreira, que preferiu não se identificar, disse que na última quinta-feira (28) foi realizada uma promoção com medicamentos genéricos, em que era possível adquirir quatro produtos pagando pelo preço de dois. Segundo ela, os medicamentos mais vendidos no estabelecimento são de uso contínuo, principalmente os que auxiliam no controle da hipertensão e do diabetes.
A técnica de enfermagem Cássia Silva, 56 anos, compra uma série de produtos médicos para a mãe de 92 anos. Além de remédios para desconfortos gastrointestinais, ela também adquire pomadas para cicatrização e regeneração da pele, e principalmente com fraldas geriátricas. O valor gasto fica entre R$ 430 e 500 reais, todos os meses.
“Encontrei a fralda da mamãe com 24 [unidades] por 103 reais. Eu compro por 133 [reais]”, disse a técnica de enfermagem, positivamente surpresa. Para economizar, ela entra em contato com redes de farmácia para acompanhar as promoções que costumam ser realizadas no final de cada mês. “E eu já compro fralda pro mês todo”, acrescenta. Caso haja reajuste nos produtos medicamentosos, o impacto nas contas de Cássia deve ser grande, já que ela também despende parte do seu salário com remédios para dores musculares: “Eu preciso carregar minha mãe, pois ela já não consegue mais andar”, finaliza.
Por: O Liberal
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