Os três jovens investigados por suspeita de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão suspensos de suas atividades acadêmicas no campus VIII da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Marabá, sudeste paraense. André Ataíde, Eliésio Ataíde e Moisés Assunção são alvo de inquérito policial que apura a existência de um esquema de fraude para ingresso no curso de graduação em medicina da instituição. As informações são do Correio de Carajás.
A decisão de suspender os alunos foi publicada na última sexta-feira, 1º de março, em uma medida cautelar de suspensão das atividades, tanto acadêmicas quanto de internato. O documento é chancelado pelo reitor da Uepa, Clay Anderson Nunes Chagas. “Em virtude de um processo policial que está instaurado, que está tramitando, a universidade instalou um Processo Administrativo Disciplinar para apurar os fatos relacionados aos três alunos de medicina”, explicou Danielle Monteiro, coordenador da universidade em Marabá.
De acordo com ela, a comissão tem o prazo de 30 dias, que pode ser prorrogado por igual período, para apresentar um relatório com suas conclusões ao reitor da instituição. A partir disso, o reitor tem mais 30 dias para determinar qual medida deve ser tomada, que pode ir de advertência até o desligamento da universidade.
O ano letivo da instituição começou nesta segunda-feira (4) e a presença dos investigados nas aulas era uma dúvida entre a comunidade acadêmica. No entanto, com a decisão da Uepa, os três devem permanecer afastados das aulas até a finalização dos trabalhos da sindicância. Em nota, a instituição informou que “os investigados foram preventivamente suspensos das atividades acadêmicas para garantir melhor transparência do procedimento de apuração, até a conclusão do processo disciplinar”.
Relembre o caso
A Polícia Federal deu início à Operação Passe Livre, que busca combater fraudes no Enem. A operação teve como um dos alvos André Ataíde, que estuda medicina na Uepa e é suspeito de ter sido aprovado duas vezes no exame para curso, se passando por outras duas pessoas, Eliésio Ataíde e Moisés Assunção. Os três foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã do dia 16 de fevereiro, em Marabá. Nas casas dos investigados foram apreendidos telefones celulares, provas do Enem de 2019 a 2023 e manuscritos. Não houve prisão dos suspeitos.
A perícia da Polícia Federal constatou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos nos processos seletivos do Enem. Para se passar por outros candidatos, o suspeito de fazer as provas pode ter usado documentos falsos. As investigações seguem em andamento, também para descobrir se existem outros aprovados irregularmente por meio do esquema criminoso.
As investigações apontam que André Ataíde, de 23 anos, recebeu em torno de R$ 150 mil para realizar o exame no lugar dos verdadeiros candidatos. Durante as diligências da polícia, outro comportamento incomum foi verificado. No dia da prova do Enem, no dia 5 de novembro de 2023, Moisés trocou mensagens com a namorada dele por volta das 15h26 — horário da prova.
Por: O liberal
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