O Pará perde mais de R$ 2 bilhões ao ano com o desmatamento

O Pará deixa de ganhar mais de R$ 2 bilhões, por ano, em crédito de carbono devido ao desmatamento e o Brasil perde aproximadamente R$ 10 bilhões. Os números decorrem do potencial de geração de créditos se o mercado fosse regulamento e se não houvesse perda da área de floresta, segundo um levantamento, que acaba de ser concluído, pela Fundação Dom Cabral e a Kognita, empresa de consultoria em inteligência artificial. O estudo indica quando cada unidade da Federação poderia obter em créditos.
Abaixo mais informações, o estudo tem um gancho bom com a COP28.

O levantamento inédito compila dados de desmatamento das florestas primárias brasileiras e estima a receita com a venda de créditos de carbono relativos à preservação das áreas. Os resultados mostram que alguns membros da federação podem estar deixando de ganhar bilhões de reais por ano com iniciativas ambientais de prevenção ao desmatamento. A região Norte, por exemplo, deixa de faturar aproximadamente 5 bilhões de reais todo ano por não evitar o desmatamento. A receita potencial perdida é de quase 10 bilhões de reais por ano.
 

(em milhões de dólares/ano)

Os maiores ganhos potenciais com a prevenção ao desmatamento estão nas regiões Norte e Centro-Oeste e as maiores receitas como proporção do PIB também estão nestas mesmas regiões.
 

Ranking dos 10 municípios com maior receita potencial de crédito de carbono

A partir do estudo, foi elaborado um ranking das cidades com maior potencial de receita de créditos de carbono geradas a partir da manutenção das florestas. Altamira, no Pará, por exemplo, deixa de faturar cerca de R$ 335 milhões por ano. Em seguida vem Porto Velho, em Rondônia (R$280 milhões/ano) e São Félix do Xingu, no Pará (R$265 milhões/ano).
 

(em milhões de U$/ano)

Como o estudo foi feito

O estudo da Kognita em parceria com a Fundação Dom Cabral utilizou dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), que foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e fornece imagens rasterizadas da floresta, que são georreferenciadas e classificadas como áreas de desmatamento, floresta, hidrografia e etc.

A partir destas informações, a FDC e a Kognita estimaram, com o auxílio de algoritmos estatísticos, a área de desmatamento em cada município brasileiro no período de 2010 até 2021. Assim, foi possível calcular a taxa de desmatamento média anual das cidades.

As estimativas de receita com a venda de créditos de carbono foram calculadas levando em consideração o volume total de dióxido de carbono que é jogado na atmosfera, em função do desmatamento médio. Para fazer a conversão entre hectares de desmatamento e dióxido de carbono é necessário levar em conta a biomassa acima do solo (Above Ground Biomass) que cada bioma brasileiro possui. Quanto maior a biomassa, maior a quantidade de dióxido de carbono equivalente é jogado da atmosfera com o desmatamento. A floresta Amazônica é a que mais possui toneladas de CO2 equivalente por hectare, enquanto o bioma Pampa, no sul do Brasil, é o que menos possui biomassa acima do solo.

A seguir, com a biomassa de cada hectare, medida em toneladas de CO2 equivalente, foi possível estimar o total de toneladas de CO2 equivalente jogados, em média, na atmosfera todo ano. Cada crédito de carbono corresponde a uma tonelada de CO2 equivalente. O valor de cada crédito utilizado foi de U$4,3, uma estimativa conservadora do preço do carbono negociado em mercados voluntários.

É importante ressaltar que o estudo fez uma estimativa do faturamento potencial com projetos de prevenção de desmatamento. Para aferir o potencial “lucro econômico” com a venda de créditos, seria necessário ter estimativas de custos associados com a implementação dos projetos de redução de desmatamento, bem como seu custo de oportunidade.
 

Responsáveis:

  • Guilherme Stein: economista da Kognita Lab
  • Leandro Silva: cofundador e CTO/diretor de tecnologia da Kognita Lab
  • Patrícia Becker: Diretora do FDC Gestão Pública da Fundação Dom Cabral
  • Paulo Guerra: Diretor de Programas para Gestão Pública da Fundação Dom Cabral

Fonte: Plantão 24horas News – Kognita Lab

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