Com base em dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), quatro de dez cidades do Estado lideram o ranking das que mais empregam no Pará: a primeira é Belém, com 10.277 vagas criadas; seguida de Canaã dos Carajás, com 6,6 mil postos de trabalho gerados; em terceiro vem Parauapebas, com 4,4 mil postos; deixando em quarto a cidade de Marabá, que criou cerca de 3.473 vagas. Os números correspondem ao período de janeiro a outubro de 2023. Em todo o Pará, foram criadas 55 mil vagas.
O supervisor técnico do Dieese, Everson Costa, reforça que o Pará hoje é o décimo Estado que mais gera emprego no país, e a capital paraense, grande centro financeiro do Estado, é movida pelo setor de comércio e serviços, respondendo sozinha por 18,5% dos empregos gerados. No entanto, Everson comenta que as cidades de Canaã dos Carajás, Parauapebas e Marabá, situadas na região sudeste do Estado, criaram juntas cerca de 26% dos postos de trabalho.
“Isso é quase um terço dos postos de trabalho gerados em todo o Estado. Dentre os 144 municípios paraenses, estes estão concentrados e diretamente ligados à indústria extrativa mineral. Claro, a gente tem ali soja, tem cabeça de gado, mas é inegável que o peso da indústria mineral extrativa ali é gigantesco”, explica o supervisor técnico sobre motivos para o aumento da empregabilidade nesses municípios.
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Everson Costa ainda informa que o PIB paraense de 2021 foi de R$ 240 bilhões, o décimo maior PIB e a décima maior produção de riqueza em todo o país. Ainda segundo ele, os municípios de Canaã dos Carajás, Parauapebas e Marabá, foram responsáveis por 42% deste PIB (Produto Interno Bruto).
“Então, 111 bilhões de reais, do nosso PIB, estão ligados diretamente a essa riqueza que temos aqui e, notadamente, é de se esperar que esses municípios que têm as minas, as instalações, as grandes empresas, devolvam para a economia com empregos e uma participação significativa. Claro que a gente está falando de municípios que, dependendo da sazonalidade também, eles têm uma importância e um peso, inclusive, na balança comercial nacional. Parauapebas, por exemplo, vira e mexe, figura entre os municípios que mais contribui para a balança comercial nacional. Estamos falando também de três municípios que têm uma crescente na sua indústria e também na sua estrutura”, destaca.
COP 30
O supervisor técnico do Dieese ainda reforça que o ano de 2023 foi muito bom para os setores de mineração, extração animal, vegetal e mineral do estado do Pará. Além disso, a Conferência do Clima da ONU de 2025, a COP 30, que será realizada na capital paraense, também já deve aquecer a economia e geração de empregos em 2024.
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“Dezembro está chegando aí. Para nós, o 13º salário, com quase 6 bilhões de reais injetados, deve movimentar ainda mais essa economia, gerando mais empregos no setor de serviços e comércio. Agora, para além da indústria, cabe lembrar que a gente tem uma construção civil, que vem entregando mais postos de trabalhos puxados pelas obras estruturantes que ocorrem por projetos minerais e da COP 30. Deve ser um ano (2024) de aquecimento e crescimento também do mercado de trabalho”, conclui.
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