A segunda aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou de Tel Aviv, em Israel, às 12h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (11) com destino ao Rio de Janeiro. A bordo estavam 214 brasileiros resgatados após os conflitos recentes. O voo transporta também, pela primeira vez, animais, sendo um cachorro e três gatos.
O voo tem duração prevista de 14 horas, com previsão de chegada à Base Aérea do Galeão, às 3h desta quinta-feira (12). A repatriação faz parte da Operação Voltando em Paz, deflagrada pelo governo federal após o confronto iniciado no fim de semana entre Israel e o Grupo Hamas, no Oriente Médio.
O primeiro voo de resgate trazendo brasileiros de Israel pousou em Brasília por volta das 4h10 desta quarta-feira. A aeronave KC-30 da FAB, com 211 passageiros, decolou de Tel Aviv às 14h12 (horário de Brasília) de ontem (10) e fez voo de cerca de 14 horas direto para a capital federal.
Do total, 107 passageiros desembarcaram em Brasília e 104 seguiram para o Rio de Janeiro em dois aviões da FAB.
O produtor de vídeo, Gleik Max, estava no voo que chegou pela manhã ao Rio de Janeiro. Ao desembarcar, ele disse ter sentido um grande alívio ao pisar no Brasil. Conforme relatou, ele precisou se proteger em um bunker, estrutura fortificada construída embaixo da terra, para resistir a projéteis de guerra. Os bunkers são obrigatórios em construções israelenses, inclusive em hotéis que abrigam turistas.
“Foram dias de preocupação, embora a gente estivesse em uma área que não sofreu com bombardeios. Mas toda vez que a sirene tocava, a gente ia para o bunker. É gratificante voltar ao Brasil. Estou de volta a minha terra e muito feliz”.
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Gleik relatou que manteve contato permanente com a família durante toda essa situação. “Meu filho tem 4 anos. Decidi não contar para ele o que estava acontecendo. Agora que eu cheguei, vou contar, mas de forma adaptada até pela questão da idade”, contou.
O produtor de vídeo disse ainda ter se sentido seguro na maior parte do tempo, mas que o clima no aeroporto o deixou tenso.
“Nós tentamos comprar uma passagem para sair de Israel. Compramos para Istambul e depois para Bucareste. As duas foram canceladas quando estávamos no aeroporto. E estava aquela correria, ficava pensando: ‘será que vai explodir alguma coisa aqui?’. Naquele momento, senti que estava em um país em guerra”.
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