Os militares de Israel declararam nesta segunda-feira (09/10) ter retomado o controle das localidades no sul do país que estavam sob ataque do grupo terrorista Hamas desde o início da ofensiva do grupo, iniciada no sábado.
Segundo os militares israelenses, havia confrontos com terroristas palestinos em sete ou oito locais no sul de Israel, perto da faixa de Gaza.
“Temos o controle total das comunidades”, declarou o porta-voz dos militares de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, numa entrevista transmitida pela televisão.
Porém, soldados israelenses e miltantes armados ainda trocavam tiros na localidade de Kfar Azza, o que levou Hagari a acrescentar que havia confrontos isolados e que “ainda poderia haver terroristas na área”.
Horas antes, o Exército de Israel anunciou que mais de 500 alvos do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina foram atingidos durante a madrugada desta segunda-feira por ataques aéreos e fogo de artilharia.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas.
O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, apelou à unidade internacional que condene o ataque do Hamas a Israel, que descreveu como o “11 de setembro de Israel“. “O que estamos vendo são crimes de guerra flagrantes e bárbaros: estão assassinando civis, abusando de reféns, tirando bebês das suas mães”, disse.
Israel anunciou a convocação de 300 mil reservistas em resposta ao ataque. Ainda não está claro se todos serão imediatamente enviados para combates ou se haverá treinamentos antes.
O número de convocados não tem precedentes. “Vamos para a ofensiva”, declarou Hagari, mas sem esclarecer se Israel estava se preparando para invadir Gaza.
Hagari disse que os mortos israelenses estão 73 membros das forças de segurança e acrescentou que Israel respondeu matando centenas de homens armados do Hamas.
As sirenes de alerta soaram nesta segunda-feira em Jerusalém e logo em seguida foram ouvidas detonações, afirmaram jornalistas que estão na cidade.
As sirenes soaram por volta do meio-dia, no horário local (6h em Brasília).
No domingo, as sirenes não soaram em Jerusalém, mas foram acionadas no sábado, no primeiro dia da ofensiva militar lançada pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza, e os foguetes lançados pelo grupo foram então interceptados pela defesa aérea israelense.
O Hamas lançou no sábado um ataque surpresa ao território israelense, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de terroristas armados. Os infiltrados tomaram dezenas de comunidades, passando a massacrar a população civil, em alguns casos indo de casa em casa para matar moradores.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a Faixa de Gaza. O total de mortos nos dois lados do confronto já passa de 1.100 nesta segunda-feira.
Segundo observadores, o sábado foi o dia mais sangrento do conflito israelo-palestino desde a guerra do Yom Kippur, há 50 anos.
Via DW Brasil (Lusa, AP, Efe)
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