Pará tem 37 cidades proibidas de plantar soja nos próximos 90 dias; entenda

O Estado do Pará tem 37 cidades proibidas de plantar soja nos próximos 90 dias, devido a uma medida da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) que alerta produtores para o terceiro período do vazio sanitário da soja, medida fitossanitária de prevenção contra o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da Ferrugem Asiática, doença que impacta essa cadeia produtiva e por isso merece atenção do Serviço Oficial de Defesa Vegetal.

No Pará, o terceiro período iniciou no dia 15 de agosto e prossegue até 15 de novembro em 37 municípios das regiões oeste, sudoeste e parte da Ilha do Marajó. Durante 90 dias, os produtores ficam proibidos de cultivar e de manter plantas vivas de soja nas propriedades.

Neste período, os fiscais agropecuários da Adepará realizam fiscalizações nas regiões produtoras com o objetivo de verificar se a medida está sendo cumprida, para evitar a introdução do fungo no território paraense. 

Paragominas – Em Paragominas, maior produtor do grão no Estado, os agrônomos da Agência de Defesa já fiscalizaram 39 propriedades desde 1º de agosto, quando começou o vazio na região, que abrange 70 municípios produtores e concentra 230 propriedades que cultivam soja.

Reprodução/Roma News

O gerente de Defesa Vegetal da Agência, Rafael Haber,  explica que durante o vazio é recomendado que os produtores mantenham as áreas sem cultivo ou cultivem espécies diferentes que não sejam hospedeiras da Ferrugem Asiática da Soja.
  
“Esse período é necessário para quebrar o ciclo da doença. Com essa medida fitossanitária, temos uma série de consequências benéficas para os produtores, pois há uma redução da necessidade de utilização de produtos agrotóxicos e o produtor tem um ganho tanto econômico quanto ambiental”, explicou.
 
A Agência de Defesa realiza a fiscalização em cumprimento a portaria Nº 781 do Ministério da Agricultura (Mapa) e tem papel fundamental no controle da Ferrugem Asiática. A prevenção e o controle da praga são importantes para a sanidade da produção agrícola paraense. 

“Se o produtor não respeitar esse período de 3 meses, a incidência da praga pode começar a aumentar. Então, nós recomendamos que o produtor procure um escritório da Adepará no seu município, para esclarecer sobre o período ou mesmo denunciar aqueles que não estejam respeitando”, orientou.

A portaria que estabelece os períodos de vazio sanitário para a cultura da soja em todo o país, para o ano de 2023, prevê três períodos de proibição de cultivo da soja no território paraense.

Cronograma de vazio da soja:

15 de junho a 15 de setembro – 33 municípios e 2 distritos do sul, sudeste e sudoeste
01 de agosto a 30 de outubro – 70 municípios do nordeste do Estado e RMB 
15 de agosto a 15 de novembro – 37 municípios do oeste e sudoeste do Estado e Ilha do Marajó.

Municípios afetados pelo 3º período do vazio sanitário da soja (15 de agosto a 15 de novembro):

Alenquer, Belterra, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Prainha, Santarém, Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu, Uruará, Placas, Rurópolis, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Muaná, Ponta de Pedras, Curuá, Faro, Juruti, Óbidos, Oriximiná, Terra Santa, Almeirim, Porto de Moz, Santa Cruz do Arari, Soure, Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Chaves, Gurupá, Melgaço e Portel.

Por: Roma News

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