Não é fácil chegar em um clube que está pressionado por bons resultados na competição mais importante da temporada. Entretanto, Hélio dos Anjos, Guilherme dos Anjos e o restante do novo staff aceitaram o desafio no Paysandu, 16º colocado na Série C do Campeonato Brasileiro. Agora, uma corrida contra o tempo para fazer a equipe reagir na competição.
“Em 2019 tivemos um processo muito parecido. Pegamos o time em um momento difícil na Série C, recuperamos bem e chegamos em um estágio muito positivo. Porém, o professor já citou, a diferença são as condições que encontramos os atletas em alguns aspectos. Essas condições serão melhoradas dia após dia e, pelo que acreditamos que seja o ideal para desenvolver, a parte tática que o professor gosta vamos precisar de pelo menos 20 dias para começar a enxergar esse time dessa forma. Porém, neste sábado, vamos mostrar uma postura totalmente diferente e isso é garantido”, destacou Guilherme dos Anjos, auxiliar técnico do Lobo.
“Teremos que queimar etapas por conta do número de jogos que falta, que é pouco. E ai cabe a absorção dos atletas. O nível de concentração precisa estar muito alto, porque precisamos pular algumas etapas de um processo de formação de uma equipe tática. Você precisa de alguns procedimentos para desenvolver posicionamento, movimentações, e o que estamos tentando fazer é desenvolver esses procedimentos sem perder a intensidade de trabalho, que é o que precisamos ganhar com o dia a dia. Ou seja, precisamos colocar isso nos atletas com um trabalho muito mais intenso. Então, quanto maior a capacidade de absorção das ideias, mais rápido vamos reagir”, enfatizou.
O Paysandu entra em campo neste sábado (8), onde irá encarar o Amazonas, líder da Série C do Campeonato Brasileiro e que não sabe o que é perder há 10 rodadas. O Papão segue buscando melhorar as condições físicas, técnicas, táticas e mental. Segundo Guilherme, os jogadores abraçaram a metodologia de trabalho da nova comissão técnica.
“A gente tem alguns atletas que vamos segurar para seguir preparado para a sequência e eles já estão conscientes disso. O preço a se pagar para jogar com a gente é muito alto e isso foi passado a eles. Essa é a realidade. Vai pagar o preço quem quiser e isso é uma escolha. Todos escolheram positivamente o que estamos propondo. Não será fácil esse início, porém as escolhas são nossas e sim, serão baseadas no momento inicial dos atletas. Depois, com os 20 dias que comentei, teremos realmente uma condição técnica mais definitiva para correlacionar as escalações”, ressaltou.
O tempo é o maior inimigo do Paysandu. Restando oito rodadas para o término da primeira fase, ainda é possível se classificar, mas os resultados precisam acontecer o mais rápido possível e Guilherme crê que os bicolores já vão começar a apresentar uma melhora no desempenho no jogo deste final de semana e espera uma equipe muito mais preparada para o clássico contra o Remo.
“Quanto mais tempo tivermos para trabalhar, melhor neste momento. Se pudéssemos jogar daqui a 20 dias seria excepcional. Como não é a realidade, precisamos nos adequar ao campeonato. Porém, a competição nos dá a oportunidade de fazermos dois jogos em 20 dias e estar em uma condição excepcional para fazer o clássico. A nossa ideia é chegar com 80% do que pretendemos. O clima no Paysandu mudou. Faz parte da nossa chegada e é obrigação nossa criar uma motivação nos atletas e uma obrigação deles abraçarem a causa”.
“Com relação à parte técnica e tática eu não falo da evolução, mas sim de característica de trabalho, que é muito diferente dos outros dois comandos que passaram por aqui. Quem está certo ou errado eu não julgo. Julgamos os resultados. Nós temos uma característica para gerar resultados. Dos nossos últimos quatro trabalhos, dois desde que voltamos para o Brasil, do Goiás em diante, geramos resultados. As nossas saídas das equipes, aqui por exemplo, nunca foi por resultado, mas por desgaste, seja pelo nível de intensidade ou de cobrança. Então, o que precisa ser mudado: muita coisa. E estamos mudando. Já vamos ver um pouquinho neste jogo contra o Amazonas. Precisamos ter atenção estrategicamente porque não é uma equipe preparada para desenvolver o que pretendemos, que são os 90 minutos de pressão. Quem nos conhece sabe que jogamos nessas condições”, finalizou.
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