Nunca houve uma preocupação tão grande com o clima como nos dias atuais. Em tempos de COP 30 se aproximando, e sendo a primeira edição na Amazônia, a Organização das Nações Unidas (ONU) está em alerta sobre as mudanças climáticas.
No cenário da semana mais quente já registrada, a ONU emitiu um alerta global, destacando que as mudanças climáticas estão fora de controle. Na última terça-feira (4), a média da temperatura global atingiu a marca de 17,18 graus Celsius, superando o recorde estabelecido no dia anterior.
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Dados da Universidade de Maine revelam que nos sete dias compreendidos entre a última quarta-feira (28 de junho) e o dia 5 de julho, a temperatura média foi a mais alta dos últimos 44 anos, ultrapassando todos os registros anteriores. Essas informações levaram a ONU a reforçar a mensagem aos líderes internacionais sobre a urgência de uma resposta imediata.
Os cientistas da entidade alertam que não se trata mais de uma previsão futura, mas sim de uma nova realidade com consequências imediatas para a saúde humana e para as economias globais. “Se continuarmos adiando as medidas necessárias, estaremos caminhando para uma situação catastrófica, como comprovam os dois últimos recordes de temperatura”, afirmou António Guterres, secretário-geral da ONU.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou que todos os indícios apontam para a continuidade do aumento das temperaturas recordes. Esse fenômeno ocorre após o mês de junho ter sido registrado como o mais quente da história. Chris Hewitt, diretor dos Serviços do Clima da OMM, afirmou que o aquecimento excepcional em junho e início de julho está associado ao desenvolvimento do fenômeno El Niño, que aumentará o calor na Terra e nos oceanos, provocando temperaturas mais extremas e ondas de calor marítimas.
A OMM prevê que o El Niño continuará durante a segunda metade de 2023, com 90% de probabilidade, e espera-se que seja de intensidade moderada. Esse evento climático aumentará significativamente a probabilidade de quebra de recordes de temperatura e causará calor extremo em várias partes do mundo. Petteri Taalas, secretário-geral da OMM, enfatizou que a declaração do El Niño é um sinal para os governos de todo o mundo se prepararem para limitar os impactos na saúde, ecossistemas e economias.
A antecipação de eventos climáticos extremos associados a esse grande fenômeno climático é considerada vital para salvar vidas e meios de subsistência, reforçando a necessidade de ações imediatas por parte dos governos globais. A ONU reitera a importância dos avisos e preparativos para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e mitigar seus efeitos sobre a sociedade e o meio ambiente.
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