O novo prefeito do município de Viseu, nordeste paraense, foi eleito neste domingo (05) em eleições suplementares, decididas pela Justiça Eleitoral após o afastamento do prefeito Isaias José Silva Oliveira Neto (PL) e seu vice, Franklin da Costa Sousa (MDB), acusados de abuso do poder político nas eleições municipais de 2020. Venceu o ex-deputado federal Cristiano Vale (PP) com 17.754, com 54,21% do total de votos. A segunda colocada foi a candidata Mãe da Carla Parente (PSD), com 14.994 votos ou 45,79% dos sufrágios.
De acordo com a Justiça eleitoral, mais de 46.900 eleitores e eleitoras estavam aptos a votar. No final de setembro do ano passado o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, deferiu tutela cautelar para o afastamento imediato dos dois dos cargos de prefeito e vice-prefeito de Viseu. Hoje a cidade é administrada interinamente pelo presidente da Câmara de Vereadores. O novo mandato encerra em dezembro de 2024.
Na ação, o ministro acatou o pedido da coligação “Construindo uma Nova História” e de Carla Dulcirene Parente Novaes (PSD) para dar efeito suspensivo à medida do TRE-PA, que em maio desse ano confirmou a decisão em primeira instância pela cassação dos mandatos, inelegibilidade dos acusados e realização de eleições suplementares. Na ocasião, no entanto, o Tribunal entendeu que seria necessário aguardar o pronunciamento final do TSE sobre recursos em julgamento em Brasília.
ELEITO
O ex-deputado federal Cristiano Vale (PP), que foi eleito como prefeito hoje, tem como vice Mauro da Serra (MDB). Ele já Foi prefeito do município de Viseu entre 2009 a 2016, por dois mandatos consecutivos. Vale esteve como deputado federal pelo estado do Pará no período de 2019 até 2023..
A segunda colocada é Mãe da Carla Parente, que concorru porque a filha Carla Parente, uma das autoras do pedido de cassação do ex-prefeito, foi barrada pela Justiça Eleitoral.
Carla Parente (PSD) e a ex-prefeita do município, Astrid Maria da Cunha e Silva (sem partido) estão inelegíveis até 2024, em razão de uma sentença que as considerou culpadas por abuso de poder econômico e prática de assistencialismo em troca de votos durante a campanha eleitoral de 2016. A sentença já foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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