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Talvez além das clichês: 16 canções para (ou sobre) Belém

Invadida oficialmente em 1616 pelos portugueses, Belém chega aos 407 anos e segue como uma senhora linda, apesar da sina de ser mal cuidada, tal qual uma viúva que se acostumou a viver sem amores verdadeiros que possam (e queiram) cuidar dela.

É a capital paraense e por ela que selecionei dezesseis canções neste texto que não é novo. É uma adaptação de uma publicação feita em janeiro de 2015. Oito anos se passaram, mas a lista segue atual, característica de quem é eterna e merece atenção e mais pessoas para conhecer.

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Não, aqui você não encontrará “Belém-Pará-Brasil”, “Ao pôr do sol” “Flor do Grão-Pará” (são todas ótimas, sabemos) ou canções que usam e reciclam o clichê insuportável da cidade “das cores e sabores”, que sintetizam o amargor da falta de criatividade, respeito e amor com a capital paraense. Belém é mais. Merece mais. Tem bem mais canções, em diferentes gêneros, que fazem referência a ela ou podem ser a ela associadas.

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A lista possui 12 canções, com o acréscimo de 4 que não “são paraenses”, mas poderiam ser, como é possível notar ao ouvi-las. A seleção das músicas é, como tu vais perceber, pessoal e, por isso, restrita. Acredito que as mesmas, de gêneros e épocas diversas, ou “representam” a cidade – no sentido que preferir, caro/a leitor(a) – e/ou mesmo possibilitem pensar sobre sua situação, seus imaginários, seus/ nossos hábitos. Em uma palavra (e toda a polissemia): nós.

Entenda como “pílulas” para observar e ouvir uma cidade, nada mais. Segue a lista, em ordem talvez aleatória:

– Senhora Dona Sancha, Waldemar Henrique e Gastão Vieira

Belém, um dia já foi, talvez, a senhora Dona Sancha, uma antiga cidade-senhora de fausto, muito ligada à religiosidade, que ainda precisa descobrir seu rosto e, talvez, se (re)descobrir.

https://api.soundcloud.com/tracks/185521163

Enderson Oliveira é jornalista, doutorando em Sociologia e Antropologia e editor de conteúdo aqui no DOL.

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