Varíola dos macacos: MPOX será o novo nome da doença

A OMS (Organização Mundial de Saúde) anunciará um novo nome para varíola dos macacos: MPOX. A informação foi postada nesta quarta (23) por Lawrence Gostin, diretor do Centro Colaborador da OMS sobre Legislação Sanitária Nacional e Global (em livre tradução).

“A OMS está para anunciar MPOX como nova terminologia. Olhar vencido. Os estereótipos racistas da varíola dos macacos não eram apenas estigmatizantes, mas também impediam a resposta e diminuíam a cooperação”, afirmou Gostin em trecho do post no Twitter. A própria organização, no entanto, não divulgou a informação de forma oficial.

A mudança do nome do vírus já era discutida dentro e fora da organização. Em meados de junho, o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou publicamente o desejo de alterar a denominação -uma consulta até mesmo foi aberta para a população propor novas possibilidades de nomenclatura.

O termo “monkeypox” -utilizado em inglês para denominar tanto a doença quanto o vírus que a causa– foi empregado em 1958 quando houve a primeira documentação do patógeno em primatas levados da África para a Dinamarca. É daí que vem o nome varíola dos macacos.

Mas pesquisas já indicam que esses animais não são os reservatórios naturais do patógeno. Além disso, o nome pode gerar confusões ao se pensar que a principal forma de transmissão da doença no surto atual ocorreria diretamente dos animais para humanos, podendo gerar casos de ataques aos animais. Na realidade, a disseminação atual acontece principalmente pelo contato direto com pessoas infectadas.

Um exemplo do equívoco gerado pelo nome foi de cinco macacos achados mortos e outros três resgatados com sinais de intoxicação no começo de agosto em São José do Rio Preto, interior paulista. Suspeita-se que os animais tenham sido atacados pela população devido a casos da doença.

Naquele momento, o assunto ganhou repercussão mundial, chegando à própria OMS. Ainda em agosto, a epidemiologista Margaret Harris, porta-voz da entidade, condenou a violência contra os animais e reiterou a intenção de encontrar um nome melhor para o vírus.

OUTRAS MUDANÇAS

Também em agosto, a OMS já tinha alterado os nomes de grupos e subgrupos do vírus com base em revisões feitas por especialistas em virologia e biologia evolutiva.

No momento, existem dois grupos documentados do patógeno. Eles são endêmicos (quando se tem um estágio de convivência com o vírus, com número estável de casos e mortes) em duas regiões da África: no oeste do continente e na região central. Até então, essas localidades eram utilizadas para se referir a dois clados (ou grupos) do vírus.

Com a alteração divulgada em agosto, o grupo do oeste africano passou a ser chamado de Clado I e aquele da região central do continente foi nomeado como Clado II. A mudança gera um padrão em que grupos do vírus devem ser referidos com algarismos romanos.

As mudanças também são aplicadas a dois subclaudos (ou subgrupos) do Claudo II. Nesse caso, os especialistas definiram que esses subgrupos passam a ser nomeados com uma letra minúscula alfanumérica após o algarismo romano: Clado IIa e Clado IIb.

No entanto, essas alterações não tinham efeito sobre o nome do vírus –algo que deve mudar conforme a publicação de Gostin.

O uso de novos nomes faz parte do guarda-chuva de responsabilidades da organização e são uma atribuição do Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV, na sigla em inglês).

Em agosto, fontes ligadas ao comitê já afirmavam que existia uma boa disposição para fazer mudanças, mas muitos apontam que uma alteração radical, com o abandono total do termo “monkeypox”, poderia comprometer a literatura científica que vem sendo produzida sobre esse vírus há mais de 60 anos.

Com informações SAMUEL FERNANDES/ FOLHAPRESS

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