Este sábado, 29 de outubro, é marcado pelo Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). A data existe desde 2006 e tem como objetivo propor a conscientização sobre os impactos da doença e as formas de prevenção.
O AVC se caracteriza pela interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro. Cerca de 85% dos casos são isquêmicos, causados pelo entupimento dos vasos, e o restante é do tipo hemorrágico, quando há o rompimento das artérias e o transbordamento de sangue.
A informação a respeito deste mal é muito importante, já que segundo o Ministério da Saúde, mais de 100 mil pessoas morrem de AVC por ano no país. De acordo com dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, só no primeiro semestre de 2022, foram 56.320 vítimas da doença, superando as mortes por infarto e por covid-19.
De acordo com especialistas, 90% destes casos poderiam ser evitados. “A obesidade, o tabagismo, o sedentarismo, o consumo de bebidas alcoólicas, além da hipertensão arterial e a diabetes são fatores de risco para o Acidente Vascular Cerebral. Com o controle desses fatores, poderíamos evitar a maioria dos casos”, explica Patrick Aguiar, médico neurologista do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). “Bons hábitos no cotidiano são fundamentais na prevenção e combate ao AVC”, complementa.
Há ainda fatores de risco do AVC inerentes à vida humana, como o envelhecimento – pessoas com mais de 55 anos possuem maior propensão a desenvolver a doença -, além de características genéticas e histórico familiar de doenças cardiovasculares. “Essas pessoas devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas mais frequentes”, alerta o profissional.
Sintomas e tratamento
A doença pode se manifestar de várias formas, dependendo da local onde a lesão ocorre. “De forma geral, alguns sintomas servem de alerta, como a perda de força de um lado do corpo, alteração na fala, na visão e desequilíbrio”, destaca o Patrick. Outros sintomas, como dores de cabeça muito fortes e acompanhadas por vômito; paralisa; tontura e até perda de memória, também podem indicar o Acidente Vascular Cerebral.
O médico também ressalta a importância de, no caso do aparecimento desses sinais, procurar o atendimento de saúde para o tratamento adequado. “Na fase aguda do AVC, é preciso que o paciente receba toda a assistência especializada, visando reduzir ao máximo o grau das lesões. Também há tratamentos como a trombólise, medicação para dissolver aquele coágulo, que pode ser realizada em até quatro horas e meia depois dos primeiros sintomas”, explica o neurologista.
O AVC pode deixar desde sequelas leves e rápidas, até graves e incapacitantes, como problemas motores, de memória, visão ou fala. “Por isso é tão importante que, caso você ou alguém próximo tenha esses sintomas, procure o serviço médico imediatamente”, conclui o especialista.
O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) pertence ao Governo do Estado, e atua com alta e média complexidades, sendo referência para uma população de 30 municípios do oeste do estado.
Texto de Gustavo Campos
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