O promotor de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Lobato Prado, informou à redação que, na terça-feira (25), entrou com um recurso contra a liminar que concedeu a liberdade a Juliana Giugni Cavalcante Sobrinho de Melo. O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) concedeu o habeas corpus à advogada na última sexta-feira (21), depois de ela ter se entregado à polícia no dia 14 deste mês. Em conversa com o promotor na noite desta quarta-feira (26), ele adiantou que também irá solicitar a reconstituição dos fatos do assassinato de Arlene Giugni da Silva, ocorrido no dia 18 de janeiro deste ano, no bairro da Batista Campos, em Belém.
Ainda nesta quarta, Franklin se reuniu com o procurador de Justiça do caso, Luiz César Tavares Bibas, para traçar as medidas que o Ministério Público do Pará (MPPA) irá tomar. “Queremos que as coisas sejam feitas de forma correta. As provas estão nos autos. Estamos dentro do para juntar as razões para o recurso. Em crime hediondo não se cabe esse tipo de liminar”, disse.
O promotor acrescentou durante a conversa que vai solicitar a reconstituição do caso, o que ajudará a entender o grau de participação de Juliana no crime.
Franklin se reunirá junto com as polícias Civil (PC) e Científica do Pará (PCP) na segunda-feira (31) para tratar de todas as provas materiais e perícias levantadas até o momento, além de estipularem uma janela para a reconstituição do crime. O encontro vai acontecer na sede da PCP, no bairro do Bengui, por volta de 9h. “O objetivo disso tudo é fazer com que os dois (Juliana Giugni Cavalcante Sobrinho de Melo e Leonardo Felipe Giugni Bahia) sejam julgados pelo Tribunal do Juri. A previsão era de que a reconstituição e instrução processual fossem feitas no final de outubro, mas acabou adiando”, afirmou.
A Justiça do Estado do Pará acatou o pedido do MPPA e decretou, no dia 13 deste mês, a prisão preventiva de Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Mello, acusada do homicídio triplamente qualificado por assassinar a própria mãe. Moradores do prédio onde Juliana mora disseram que a PC esteve no edifício atrás dela, só que a advogada não estava no local. A acusada se apresentou na Divisão de Homicídios (DH), no bairro de São Brás, apenas no dia seguinte.
Inicialmente, o filho da vítima, Leonardo Felipe Giugni Bahia, foi denunciado como autor do assassinato e por tentativa de assassinato da irmã. Porém, após a inclusão de novas perícias nos autos, a Promotoria de Justiça concluiu que ficou comprovado que o feminicídio contra a mãe foi praticado por Juliana, sendo seu irmão o coautor.
Com informações Oliberal
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