As UPAS, são Unidades de Pronto Atendimento que funcionam 24 horas por dia. Segundo o Ministério da Saúde, lá, a população pode receber atendimento de grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. Quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico.
Não foi o que aconteceu quando Arthur levou a mãe, que passou mal, até a UPA da Cidade Nova 2, em Ananindeua. Era por volta das 13:30h quando ela recebeu o primeiro atendimento. O médico ordenou que ela fizesse uma tomografia.
Depois disso, ela só foi atendida novamente as seis da manhã, do dia seguinte. Ao ser questionada sobre a demora no atendimento, a médica afirmou que “a UPA não tem recursos”.
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“Ela ficou lá na maca, a médica só foi olhar ela de manhã, seis, cinco da manhã. Ela disse que a UPA não tem recurso, não tem leito, nem soro para aplicar. A mamãe ficou todo esse tempo lá, ela podia morrer lá na maca mesmo, porque deu derrame nela’, disse Fernando ao DOL.
Segundo ele, a mãe só tomou Dipirona todo esse tempo e foi só na manhã do sábado, que um terceiro médico conseguiu encaixá-la na sala amarela, onde ela está em observação, mas ainda não foi internada.
“Ela veio aqui domingo, deu crise nela, dia 4. Na segunda o médico simplesmente deu alta. Ela continuava com dor em casa, a gente não tem plano. Ela é só aqui, os irmãos são tudo de Viseu. O hospital continua assim, sem recurso, sem suporte de médico, não tem médico suficiente. Ele precisa de neuro, cardiologista e fisioterapeuta, não tem nada disso. Os médicos são todos clínicos geral. Ela precisa ser encaminhada para um especialista”.
OUTRO LADO
A Secretaria de Saúde de Ananindeua informou que a paciente Ana Maria de Sousa Palheta foi atendida duas vezes na UPA da Cidade Nova. E após ser feito o exame de tomografia de crânio foi constatado que a paciente descartou tanto Acidente Vascular Cerebral Isquêmico como Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico, sem sinais de sangramento ou coagulação. “Além da tomografia, a unidade fez exames laboratoriais para saber se havia alguma infecção e também os laudos confirmaram a inexistência de infecções na paciente, que ficou em observação na unidade. E como ela estava com pressão arterial, saturação e respiração normais, sem necessidade de respiração mecânica, ela foi liberada. E há soro na unidade. Mas no caso da paciente não havia necessidade de aplicação de nenhum tipo de soro”, disse em nota.
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