O rei do pop Michael Jackson está recebendo várias homenagens de fãs e familiares nas redes sociais nesta segunda-feira (29), dia em que completaria 64 anos se estivesse vivo. Ele morreu no dia 25 de junho de 2009 em sua casa após sofrer uma parada cardíaca. Na época, o cantor preparava o retorno aos palcos.
A morte do rei do pop foi cercada de mistérios e informações desencontradas. Após autópsia a exames toxicológicos, os legistas concluíram que ele morreu por intoxicação aguda com o anestésico Propofol, ministrado por seu médico particular Conrad Murad para tratar sua insônia. O médico foi condenado a quatro anos de prisão, mas foi liberado após dois anos e recuperou o direito de exercer a medicina.
Ao longo da vida, Jackson esteve envolvido em polêmicas e foi acusado de abusar de crianças em 1993. Ele foi inocentado em 2005 e se retirou da vida pública. Mas dez anos após a sua morte o documentário “Leaving Neverland”, exibido pela HBO, expôs os supostos abusos sexuais do artista contra menores, enfurecendo a família do astro pop.
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Relembre algumas passagens da vida do cantor, inclusive quando esteve no Brasil fazendo shows, gravando clipe no Morro da Dona Marta, no Rio, e no Pelourinho, em Salvador. Também descubra que ele pediu a Xuxa em casamento e não foi o inventor do passo de dança moonwalk, que deslizava os pés para frente e para trás como se estivesse caminhando na lua.
– Pagou para o tráfico para gravar em favela no Rio
A passagem do rei do pop pelo Brasil, em 1996, acompanhado de sua equipe e do diretor Spike Lee, para gravar o clipe da música “They Don’t Care About Us” foi marcada por polêmicas. Ele esteve no país para gravar no Morro da Dona Marta, no Rio de Janeiro, e no Pelourinho, em Salvador.
Mas as polêmicas com o artista começaram desde a emissão dos vistos para a equipe a críticas de políticos, artistas e a negociação com o tráfico de drogas. O secretário de segurança do Rio na época, Hélio Luz, chamou Spike Lee de otário por ter pago para gravar na favela.
Nas gravações, Jackson usou uma camiseta do grupo Olodum, após ter conhecido os percussionistas quando estavam excursionando pelos Estados Unidos.
– Pendurou o filho de 9 meses na janela
Uma das cenas que mais chamou a atenção dos fãs do cantor foi quando ele expôs seu Prince Michael, chamado de Blanket, na época com nove meses, em perigo. Ele segurou com apenas uma mão o bebê para fora da janela de seu quarto, no quinto andar, de um hotel de luxo, em Berlim. Parecia que poderia deixar a criança cair a qualquer momento.
– Pediu Xuxa em casamento
Xuxa Meneghel poderia hoje ser mãe dos filhos de Michael Jackson (1958-2009). Isso teria acontecido se ela tivesse aceitado o pedido de casamento dele feito após um jantar em sua mansão em Neverland, nos anos 1990.
“Queriam que eu construísse uma família com ele, que eu levasse um filho dele no ventre. Estava no contrato”, afirmou a apresentadora.
Xuxa contou que, ao se despedir, o empresário de Jackson teria entregado um contrato que determinava que ela se casasse com o cantor, que tinha gostado de sua beleza, e gerasse seus filhos.
– Álbum “Thriller” ganha edição de 40 anos
“Thriller”, um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos, completa 40 anos e ganhará edição especial de aniversário, em novembro. A Sony Music e o Estate of Michael Jackson lançam um conjunto com dois discos extras, raridades e faixas demos.
O álbum ganhou oito Grammys, em 1984, rompeu barreiras musicais e mudou as fronteiras da música pop e dos videoclipes para sempre. “Thriller” ficou mais de 500 semanas na lista de álbuns da Billboard e vendeu mais de 100 milhões de cópias desde seu lançamento, em 30 de novembro de 1982.
– Videoclipe de “Thriller”
O videoclipe de “Thriller” foi feito para satisfazer a vaidade de Jackson e seu desejo de ser um monstro. A afirmação foi feita pelo diretor do clipe, John Landis, à Reuters, em 2017. Ele contou que foi abordado pelo astro pop para fazer o vídeo porque havia gostado do seu longa “Um Lobisomem Americano em Londres”.
“Foi um vídeo de vaidade porque Michael queria ser um monstro. E tudo que veio evoluiu a partir disto, foi espetacularmente bem sucedido e fiquei totalmente surpreso”, disse o diretor.
– Cirurgias plásticas
O rosto de Jackson mudou drasticamente ao longo dos anos com o nariz mais estreito, o queixo mais definido e a pele parecia cada vez mais clara. As mudanças geraram histórias de vícios em cirurgia plástica e clareamento da pele.
Jackson admitiu duas vezes que alterou o nariz e fez uma covinha no queixo, mas disse à apresentadora Oprah Winfrey: “Nunca fiz minhas maçãs do rosto, nunca fiz meus olhos, nunca fiz meus lábios”. Sobre a mudança da cor da pele, ele culpou o vitiligo.
– Jackson não inventou o passo moonwalk
O cantor não inventou o passo de dança moonwalk, que deslizava os pés para frente e para trás como se estivesse caminhando na lua. Mas não dá para negar que Jackson popularizou a dança e levou pessoas no mundo inteiro a tentarem imitá-lo.
Muitos dançarinos faziam passos semelhantes à caminhada na lua antes do astro pop e ele sempre admitiu ter sido inspirado por eles. O dançarino e cantor norte-americano Jeffrey Daniel foi quem ensinou o passo para Jackson. Segundo ele, o artista trabalhava religiosamente as coreografias.
– Cabelo incendiado
O cabelo de Jackson foi acidentalmente incendiado enquanto cantava “Billie Jean” durante a filmagem de um comercial pirotécnico para Pepsi, no Shrine Auditorium de Los Angeles, em 1984. Ele foi internado para tratar queimaduras de terceiro e segundo grau.
– “We Are the World”
Jackson e Lionel Richie escreveram o single “We Are the World”, em 1985, para arrecadar fundos para pessoas atingidas pela fome na Etiópia. A música foi interpretada pelo USA for Africa, um super grupo que incluía Billy Joel, Bruce Springsteen, Tina Turner, Bob Dylan, Diana Ross, Richie e Jackson. Os lucros foram para a Fundação EUA para a África.
– Terra do nunca
O rei do pop escolheu morar em um parque de diversões em vez de um castelo. Ele comprou em 1988 um rancho no Vale de Santa Ynez, na Califórnia, e construiu Neverland -a terra do nunca. O local era uma homenagem ao mundo de Peter Pan e tinha uma roda gigante e carrossel.
Ele abandonou o rancho depois que a polícia revistou o local como parte de seu julgamento de abuso sexual infantil, em 2005.
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