Como de praxe antes das eleições, os candidatos são obrigados a declarar seus patrimônios ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como forma de manter transparente a vida e o histórico dos participantes do pleito perante aos eleitores e a sociedade em geral.
E o candidato mais rico das eleições de 2022 chamou a atenção dos brasileiros pelo tamanho da fortuna que possui. Marcos Ermírio de Moraes declarou ao TSE um patrimônio, entre dinheiro, bens e aplicações, de quase R$ 1,3 bilhão.
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Aos 59 anos e pela primeira vez concorrendo a um cargo público, Marcos é herdeiro e sócio do Grupo Votorantim, um conglomerado multinacional familiar proprietário de indústrias de cimento, alumínio, aço, suco de laranja e de um banco, entre outros negócios integrantes do portfólio do grupo.
Ele, que se filiou ao PSDB de Goiás em maio, concorre a uma vaga no Senado Federal como suplete de Marconi Pirillo.
Marcos é intimamente ligado a esportes de aventura e velocidade desde 1985, como motocross e rallys. Por conta do hobby, ele fundou a empresa Dunas Race, organizadora do Rally Internacional dos Sertões, dos Amigos e Rota-Sul.
Parte dos bens declarados pelo candidato estão vinculados a estas atividades, como um motorhome, um quadriciclo, duas Land Rover, três picapes modelo Ford Ranger e um trator. Ao todo, são 11 veículos terrestres que somam quase R$ 1,5 milhão.
Em 2002, ele aprendeu a pilotar helicópteros para ter uma visão aérea das competições off-road organizadas pela Dunas Race. Hoje, ele possui duas aeronaves que valem R$ 2,1 milhões. Além de esportes radicais, o candidato gosta de futebol e já declarou que torce pelo São Paulo.
Na água, o seu gosto pela aventura lhe fez adquirir duas motos aquáticas. O candidato ainda possui cinco apartamentos que, juntos, valem R$ 7 milhões. Outros bens móveis e imóveis somam R$ 22,5 milhões.
Um de seus bens mais importantes é a Fazenda Real, uma das maiores produtoras de laranjas do país, localizada no município de Botucatu (SP). A fazenda possui até uma pista particular de rali. Mas a fortuna ainda inclui aplicações, investimentos e participações societárias.
Nos negócios, Marcos, que também é engenheiro florestal, sempre foi um típico “Ermírio de Moraes”: criou serviços, empresas – até mesmo uma marca de cosméticos -, organizou fazendas de eucaliptos para alimentar as fábricas de cimento da Votorantim, além de ser proprietário de várias fazendas de citricultura e agropecuária.
Essa não é a primeira vez que um membro da família entra para a política. Em 1962, o seu avô e fundador do Grupo Votorantim, José Ermírio de Moraes, foi senador por Pernambuco e depois nomeado ministro da Agricultura do presidente João Goulart — ele ocupou o cargo por cinco meses antes de retornar ao Senado devido ao clima político da época.
Marcos é filho de Ermírio Pereira de Moraes e sobrinho de Antônio Ermírio de Moraes. Como parte da terceira geração da família dos fundadores do Grupo Votorantim, durante 14 anos trabalhou diretamente nos negócios da empresa. Quando a companhia adotou a política de transformar os executivos da família em acionistas, Marcos ficou livre para abrir sua empresa de trilhas e rallys.
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