A Campanha Agosto Branco foi criada para conscientizar a população sobre a prevenção ao câncer de pulmão, mês em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à doença (1°).
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados para o ano de 2022, 30,2 mil novos casos para o Brasil, sendo 17.760 em homens e 12.440 em mulheres. O número anual de mortes pela doença é quase o mesmo, cerca de 30 mil óbitos por câncer de pulmão.
Em Belém, o Hospital Ophir Loyola (HOL), referência em Oncologia na região Norte, possui 169 pacientes em tratamento, sendo 93 homens e 76 mulheres.
Os principais fatores para o desenvolvimento do câncer de pulmão são o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco.
Segundo o especialista em cirurgia torácica, Augusto César Sales, do Hospital Ophir Loyola, a neoplasia maligna é uma alteração na célula tumoral que se reproduz de forma desordenada.
Reduzir proteína da dieta pode combater obesidade e diabetes
“Quando ocorre o desenvolvimento desordenado da célula, uma reprodução anormal deste tecido aumenta dentro do parênquima pulmonar”, explicou Sales.
O médico destaca que 85% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao cigarro e ao fumo direto do tabaco.
“Aproximadamente 5 mil substâncias são encontradas no cigarro, desse total 55 são cancerígenas e 20 podem causar o câncer de pulmão. As principais são os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. Dessa relação câncer de pulmão e tabagismo existe uma associação elevada em relação a dose e a resposta, ou seja, a relação entre a mortalidade de fumantes e não fumantes aumenta na razão direta do número de cigarros fumados por dia, conforme o tempo de exposição ao tabagismo”, explicou Augusto César.
O especialista também chama atenção para os 15% dos pacientes com câncer de pulmão que nunca fumaram. “Temos pessoas que convivem com fumantes no mesmo ambiente e outros fatores de risco que podem estar associados ao desenvolvimento desse tipo de câncer na população não tabagista, tais como fatores genéticos, poluição ambiental e a exposição a determinados gases e metais pesados, principalmente no trabalho, como a sílica”, disse.
Morador da cidade de Sapucaia, localizada na região sudeste do Pará, o lavrador Odair Geraldo, 63 anos, fumou durante anos e somente largou o cigarro após a descoberta do câncer de pulmão. Odair está internado no HOL há 30 dias, realizando exames e tratamento para a preparação da cirurgia.
Cuidados: saiba os efeitos do excesso da pasta de dente
“Os sintomas eram de gripe, eu sentia febre, dores nas pernas e nos braços. Quando saí para trabalhar me senti cansado e com muitas dores, 15 dias depois decidi ir ao posto de saúde, os médicos me transferiram para o hospital de Redenção. Lá eles fizeram os exames necessários e logo fui encaminhado para o Ophir Loyola, onde estou sendo atendido com muita atenção. Hoje, sei que o melhor modo de prevenção do câncer de pulmão é não fumar, por isso digo para todos ao meu redor largarem o consumo do tabaco e que sou um exemplo do que pode acontecer caso o vício continue”, contou o paciente.
A prevenção ocorre por meio de não fumar e evitar estar próximo de fumantes, manter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos regularmente, evitar ambientes com poluição intensa e afastar-se de exposições a agentes químicos.
Além do mais, segundo o especialista, as chances de adquirir a doença são pequenas na pessoa que teve o vício de fumar e parou há mais de cinco anos. “A principal prevenção é não fumar. Isso reduz não só a incidência do câncer de pulmão, mas dos cânceres de bexiga, boca, pâncreas e outros tipos”, acrescentou o cirurgião torácico.
Colonoscopia: confira os motivos e quem deve fazer o exame
A doença pode ocorrer entre os 30 e 80 anos, porém, a maior incidência é a partir dos 69 anos. O tumor normalmente é silencioso e geralmente diagnosticado em estágios avançados.
Os sintomas iniciais da doença não são muito claros e aparecem tardiamente, como tosse frequente, falta de ar e escarros com sangue.
Diante desse quadro, o cirurgião alerta que a detecção precoce é o ponto crucial para ampliar as chances de um tratamento efetivo. Raios-x e tomografias de tórax são os primeiros exames solicitados, seguidos por outros exames complementares que podem indicar a suspeita.
“O câncer de pulmão é uma doença muito agressiva. É necessário estabelecer tratamentos cada vez mais eficazes frente à enfermidade. Os principais são cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O melhor efeito é quando esses três pilares se juntam, ou seja, quando o paciente realiza todos os procedimentos, pois tem um resultado melhor em relação ao tratamento. A intervenção é definida conforme o tamanho do tumor e o grau de comprometimento dos linfonodos”, destacou Sales.
Uma guarnição da Polícia Militar foi acionada nesta terça-feira, 24 de dezembro de 2024, para…
O município de Bragança, no nordeste do Pará, se prepara para receber mais uma edição…
Uma mulher foi flagrada furtando uma camiseta infantil na loja Donabi, localizada na travessa João…
Nesta sexta-feira (13), a tarde foi repleta de alegria com a comunidade, embalada pelas bandas…
Na manhã desta quarta-feira, 25 de dezembro de 2024, duas pessoas morreram afogadas após um…
This website uses cookies.