A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) apresentou hoje (18) a Agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0, um conjunto de proposições para incentivar o crescimento econômico no país, especialmente no estado do Rio. São 62 propostas de abrangência nacional e 41 voltadas para o estado, que podem contribuir para o planejamento de políticas públicas nos dois níveis de governo. O documento será encaminhado aos candidatos à Presidência da República e ao governo do Rio de Janeiro.
Para a Firjan, produtividade é a chave para o avanço da indústria no país. “Hoje, com a quarta revolução industrial, a indústria 4.0 precisa [de] um Brasil 4.0, que só será alcançado com o aumento da produtividade.”
A Agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0 é resultado da atuação do Grupo de Trabalho de Política Industrial, integrado por industriais de diversos setores e regiões do estado do Rio. Para elaboração do documento, foram ouvidos 600 empresários fluminenses, que compõem os diversos conselhos empresariais e conselhos regionais da entidade.
O vice-presidente da Firjan e coordenador do GT da Agenda Política Industrial, Luiz Césio Caetano, disse que a avaliação incluída no agenda indica que o aumento de produtividade pode gerar crescimento de US$ 1,04 trilhão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos cinco anos. Se o crescimento de US$ 1,804 trilhão para US$ 2,821 trilhões correntes se confirmar, o país passaria da 12ª para a 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo até 2027.
O documento destaca que o Brasil registra historicamente baixa produtividade e que, nos últimos anos, o crescimento do PIB esteve relacionado a fatores que não se repetirão no futuro, entre eles, o rápido crescimento da população em idade ativa em relação à população total do país.
A agenda, que tem foco no aumento da produtividade como fator fundamental para a retomada econômica brasileira nos próximos anos, é dividida em quatro pilares: ambiente de negócios, infraestrutura, capital humano e eficiência do estado.
Após a apresentação da agenda, começou o Seminário Indústria Forte, País mais Produtivo, mediado pelo presidente do Conselho de Economia da Firjan, Rodrigo Santiago.
O diretor de Relacionamento e Sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves, disse que é com inovação que as empresas conseguem ganho de produtividade e lembrou que o mundo está em constante mudança: quem não inova fica para trás.
Chaves destacou que, na Petrobras, acredita-se muito em inovação. “No nosso Cepes, Centro de Pesquisas e Inovação, no ano passado, era uma patente a cada três dias, mais ou menos, no segmento de exploração e produção, no sistema [em] que a gente separa o óleo e o gás no leito submarino, libera espaço na plataforma e reinjeta o gás. Tem vários ganhos aí. Primeiro, o metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro, não é o [do] Leblon, é [o da] plataforma de petróleo.“
Ele explicou que, primeiro, libera-se espaço na plataforma de petróleo quando se faz a separação no leito submarino; segundo, reinjeta-se o CO² e não se deixa liberar para a atmosfera. “Então, protege-se o planeta. É com inovação que a gente consegue ter ganhos de produtividade, e o mundo está cada vez mais exigente.”
No encerramento do encontro, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, defendeu a criação do Ministério da Indústria. Para Vieira, a indústria, com sua importância nas vendas, no emprego, no reconhecimento pelo recolhimento de impostos e com o efeito multiplicador sobre outros setores, não tem interlocução especializada no mais alto nível em Brasília, como têm a agricultura e o turismo. “O mundo já redescobriu a indústria, e a melhor maneira de Brasília mostrar que também já entendeu isso é a criação do Ministério da Indústria”, defendeu Vieira.
Segundo o presidente da Firjan, o mundo pede uma indústria ampla e diversificada, o que já existe no Brasil e no Rio. Vieira acrescentou que a agenda lançada hoje traz ações que a entidade entende como importantes para o avanço da produtividade da indústria brasileira no ciclo pós-pandemia, que veio para ficar. Algumas das propostas já estão sendo discutidas há um tempo, o que acentua o tempo perdido e a urgência da solução, como é o caso da reforma tributária, acrescentou.
“Como algo tão ineficiente, ineficaz, que não consegue ter um defensor entre os 215 milhões de brasileiros, pode continuar piorando dia a dia, com novas normas, decretos e regulamentações, sem que os poderes Executivo e Legislativo construam e aprovem o novo sistema?”, questionou Vieira, completando que, ainda assim, continua otimista diante de alguns avanços como a aprovação da reforma previdenciária.
“O Brasil e o Rio têm jeito. Depende apenas de nós”, enfatizou.
Também presente ao seminário, o vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre D’Ambrosio, defendeu a reforma tributária, dizendo que, hoje, uma das coisas em que existe consenso na sociedade brasileira e entre os candidatos às eleições é a necessidade da reforma tributária. “Há anos, décadas que a gente ouve isso. A reforma tributária pode ser mais simples do que as pessoas pensam. Não se trata de criar tributos novos, mas de simplificar o processo”, afirmou.
Um homem identificado como Danyllo, de 36 anos, morreu após ser esfaqueado pela companheira, em…
Um açougue localizado em Tailândia, nordeste do Pará, foi alvo de um furto durante a…
Linhas de crédito voltadas para pequenos e médios empreendedores das periferias e a formação de…
A região de Chernobyl virou uma grande reserva natural e continua surpreendendo o mundo com…
Na manhã desta segunda-feira, 18 de novembro de 2024, um homem em uma comunidade rural,…
A área jurídica possui oportunidades muito atrativas para concurseiros, especialmente para quem possui graduação em…
This website uses cookies.