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Belém só deve ter 5G em setembro

O 5G promete revolucionar a forma do ser humano lidar com o mundo virtual e com equipamentos eletrônicos. A nova tecnologia, que promete conexões mais rápidas, estáveis e com menos interferências do que as gerações anteriores, chegou no Brasil na primeira semana deste mês por Brasília.

Próxima geração da internet móvel, a tecnologia 5G pura oferece velocidade média de 1 Gigabit (Gbps), dez vezes superior ao sinal 4G, com a possibilidade de chegar a até 20 Gbps. O sinal tem menor latência (atraso) na transmissão dos dados. Um arquivo de 5G pode ser baixado em cerca de 40 segundos nesse sistema.

A tecnologia 5G permitirá a estreia da “internet das coisas”, que permite a conexão direta entre objetos pela rede mundial de computadores. Essa tecnologia tem potencial para aumentar a produção industrial, por meio da comunicação direta entre máquinas, e possibilitar novidades como cirurgias a distância e transporte em carros sem condutores.

A tecnologia não envolve apenas o setor de telecomunicações, mas também potencializará outras áreas, como a Medicina. Com uma rede mais estável e velocidade maior, será possível que médicos realizem cirurgias de maneira remota.

No setor de serviços, pedidos de supermercado poderão ser feitos diretamente de uma geladeira conectada com a empresa distribuidora e o pagamento será realizado através do cartão de crédito cadastrado no equipamento, por exemplo.

Carros inteligentes poderão estar conectados permanentemente e “conversando entre si”, de modo a aumentar a segurança e diminuir a possibilidade de acidentes. Analistas financeiros calculam que a implementação da tecnologia no mundo terá um impacto de US$ 13 trilhões até 2035. Com isso, há a expectativa de que 22 milhões de empregos em todo o planeta poderão ser criados através das atividades econômicas que o 5G proporcionará.

As operadoras de telefonia estão implantando o 5G de forma gradual, iniciando pelas cidades maiores. O edital do Leilão 5G feito pela Anatel estabelece um cronograma com prazos se estendendo até 2029. “O prazo previsto para implantação do 5G nas capitais era 31/07, mas foi estendido por mais 2 meses devido a fatores como a escassez de semicondutores no mundo. Algumas operadoras ativarão o 5G em certas cidades antes dos prazos estabelecidos pelo edital”, explica Aldebaro Barreto da Rocha Klautau Júnior, professor titular da UFPA, com pós-doutorados em Telecomunicações nos EUA e na Suécia.

Ele cita o caso da operadora Vivo, que ativou no último dia 6 o 5G em Brasília. “Tecnicamente falando, essa é a primeira ativação do 5G “stand-alone” (quando o núcleo da rede também é 5G, e não 4G) no Brasil na faixa de 3,5 GHz. Após as capitais, as operadoras buscarão atender as cidades mais populosas. Isso vale também para o Pará. Espera-se que o cronograma seja cumprido, mas o próprio edital prevê a possibilidade de adiamentos, que prejudicam a população e as empresas”, diz o especialista, que é representante da UFPA na União Internacional de Telecomunicações (UIT) da Organização das Nações Unidas (ONU).

As próximas cidades a receberem o sinal 5G puro serão Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo, mas as datas ainda não estão previstas. No início de junho, a agência reguladora definiu que, até 29 de setembro, todas as capitais deverão contar com a tecnologia.

Infraestrutura precisa de investimentos no Estado

Atualmente o Brasil conta com enlaces (“backbones”) de fibra óptica conectando suas maiores cidades. Assim, a instalação do 5G seguirá processo semelhante nas capitais e grandes cidades em todo país. O principal diferencial neste caso será a legislação municipal acerca da instalação de antenas.

“Cada cidade estabelece a sua legislação. Como o 5G exige um número maior de antenas do que as gerações anteriores, as operadoras buscam que vereadores e prefeituras atualizem e flexibilizem tais legislações municipais, adequando-as à Lei Geral das Antenas de 2015. Há cidades que já atualizaram sua legislação”, diz Klautau.

Entretanto ele lembra que o cenário é desfavorável ao Pará e Região Norte em geral quando se trata de instalação da nova tecnologia nas comunidades rurais distantes das sedes, onde o 5G pleno e em altas taxas de dados pode demorar bastante para chegar. “O histórico de exclusão digital no Brasil deixa claro que os governos municipal, estadual e federal precisam atuar de forma mais eficaz para que o acesso à Internet seja garantido como um direito humano, como apregoado pela ONU”.

O ideal para um sistema de telecomunicações modernas, diz Klautau, é o uso de fibra óptica conectando pontos estratégicos, e depois os rádios 5G (e no futuro, o 6G, em 2030). Outra solução de relevância para o Pará são as redes comunitárias, que estão atualmente recebendo atenção da Anatel e podem reduzir substancialmente os custos de operação da rede em comunidades remotas. “A UFPA já mostrou a viabilidade de tal solução em projeto-piloto na comunidade de Campo Verde no município de Concórdia do Pará”, cita.

Ele lembra que o leilão 5G movimentou R$ 47 bilhões e arrecadou quase R$ 5 bilhões para que o governo converta em investimentos.

Operadora Claro já começa a oferecer serviços de conexão mais rápida no Estado

A operadora Claro é a primeira a oferecer acesso à tecnologia 5G DSS no Brasil. Desde julho de 2020, a operadora oferece de forma pioneira acesso às primeiras experiências na rede de quinta geração, utilizando o Compartilhamento Dinâmico de Espectro (DSS) com as frequências disponíveis em algumas cidades do país. No formato 5G DSS, a Claro já oferece a cobertura 5G em Belém.

“No formato DSS, a Claro já oferece a cobertura 5G em Belém. No Pará, a Claro também contará com uma rede robusta de última geração na faixa de 3.5GHz, o 5G+, e aguarda tão somente a liberação do espectro pelos órgãos responsáveis”, destaca Rosa Bastos, diretora regional Claro para a região Norte.

A Claro garante que o acesso à sua rede 5G será automática para os clientes com aparelhos compatíveis com a nova frequência, e que a sua cobertura do 5G será ampliada no país de forma gradativa, como ocorreu nas outras gerações de telefonia, como o 4.5G, 4G e 3G.

“O 5G+ é a nova marca da Claro para o 5G na faixa de 3,5GHz e 2,3GHz – na modalidade Non Standalone (SA) ou Standalone (NSA). A Claro já disponibiliza essa modalidade de 5G em Brasília e também já está preparada para a expansão gradativa nas demais capitais, de acordo com o cronograma estabelecido pelas autoridades responsáveis, à medida que a faixa de 3,5 GHz for liberada em cada cidade”, diz Rosa.

Após a implantação inicial, o cumprimento das metas de cobertura mínima obrigatórias, diz, segue aumentando a cada mês, “o que significa que os investimentos em rede e cobertura do 5G+ estão só começando e serão contínuos ao longo dos próximos anos”

A diretora regional ressalta que o 5G+ é mais um passo em um universo vasto e de possibilidades, muitas ainda nem pensadas. “A disponibilização do 5G abre portas para novas discussões; oportunidades em negócios, serviços, comunicações; acelera a digitalização; além de impulsionar a criação de aplicações que irão fazer diferença na vida das pessoas e tornar o dia a dia mais divertido e produtivo”.

Para acessar a tecnologia, diz Rosa, o cliente terá que ter um aparelho compatível com o 5G, mas a adoção do 5G+ não vai exigir nenhuma alteração de contrato. Portanto, qualquer cliente com plano ativo, aparelho compatível e em área com cobertura pela tecnologia pode ter acesso ao 5G+ sem necessidade de mudar de plano ou de chip.

Segundo ela os telefones comercializados e compatíveis com o 5G DSS utilizados atualmente na rede da Claro em sua grande maioria já suportam também a faixa de 3,5 GHz e serão automaticamente compatíveis com o novo 5G+ na versão NSA, agora com mais capacidade pela adição da nova faixa.

“Hoje 70% dos aparelhos vendidos pela Claro são compatíveis com o 5G+, tendo hoje mais de 2 milhões de smartphones compatíveis em operação, o que representa 4% de sua base, liderando a adoção da tecnologia no país em volume de dispositivos, conforme informações disponibilizadas pela Anatel”.

 

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