Entrou em vigor ontem (10), em todo o país, o terceiro aumento do óleo diesel autorizado pela Petrobrás nas refinarias este ano, dessa vez de 9%. Com mais este aumento no diesel, a tendência é de um efeito dominó nos preços de produtos, bens e serviços na economia como um todo. No Pará, os aumentos sequenciais nos preços dos combustíveis, tem se refletido fortemente em aumentos de preços generalizados, aumento de inflação e perda de poder aquisitivo.
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Esse foi o terceiro reajuste no preço do produto apenas em 2022. A primeira ocorreu dia 11/01 (8,08%); a segunda dia 10/03 (24,90%); e a terceira foi anunciada ontem na ordem de 8,87%, representando um reajuste acumulado na ordem de 47% apenas este ano (janeiro a maio). De acordo com balanço do Dieese-PA com base em dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a média o preço do litro do óleo diesel comercializado no Estado do Pará em postos de combustíveis na semana passada (01 a 07/05/2022) foi, em média, a R$ 7,037 com o menor preço a R$ 5,860 e o maior a R$ 7,699.
SUPERMERCADOS
Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense de Supermercado (Aspas) lembra que o Pará ainda é um grande exportador de produtos, principalmente das regiões Sudeste, Sul e Nordeste. “Além disso o principal meio de transporte no nosso país e também na nossa região ainda é o rodoviário, depois do aéreo. E um dos componentes do preço final que chega ao consumidor é o frete. E toda vez que o diesel aumenta o frete sobre. Não tem jeito”, diz o empresário.
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Portugal ressalta que o aumento do preço do produto final ao consumidor é residual, mas com os aumentos excessivos acaba pesando no bolso. “O setor não tem como absorver esse custo sozinho e isso acaba se refletindo em produtos como café, derivados de leite e hortifruti, como tomate, batata, cenoura e cebola que tiveram reajustes muito altos nos últimos meses, devido também às fortes chuvas”, lembra, citando ainda os reajustes do trigo, causados principalmente por causa da guerra da Ucrânia, que junto com a Rússia é um dos grandes exportadores mundiais do produto.
O presidente da associação diz que os consumidores vêm diversificando as suas escolhas, procurando sempre os que têm melhor preço. “Muitos clientes vêm reduzindo muito a quantidade de suas compras para adequarem os seus orçamentos. Outros vem diminuindo a sua ida aos supermercados para uma vez ao mês. A nós, empresários, nos resta enxugar cada vez mais nossos custos operacionais e torcer para que a economia do país se recupere a estabilidade volte”, aponta.
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