Ferramenta de pagamento já consolidada no Brasil, o Pix tornou-se um fenômeno ao concorrer contra o cartão de débito nos pagamentos à vista. Agora, o meio de transferir dinheiro também vai ganhar uma nova função que promete sucesso frente ao cartão de crédito. Estamos falando do “Pix Parcelado” ou “Pix Garantido”, como o próprio Banco Central (BC) o definiu.
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Segundo o BC, a previsão é que a nova funcionalidade fique disponível no segundo semestre deste ano. Porém, alguns bancos físicos e digitais já se adiantaram e liberaram a função dentro de suas plataformas. A educadora financeira e vice-presidente regional da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abefin), Ana Ferrari, explica as vantagens dessa nova forma de pagamento.
“Fazendo uma comparação inicial, até porque algumas definições sobre esta nova função ainda estão sendo elaboradas pelo BC, temos a vantagem do Pix no que correspondem às taxas de juros no parcelamento. Algumas instituições já definiram taxas de 2%, enquanto temos algumas bandeiras de cartões que podem chegar até 20%, dependendo de cada caso. Também temos as questões de segurança da informação, como as restrições de limites e horários para transferência que já ocorrem na modalidade que conhecemos do Pix”, analisou.
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Assim como o cartão de crédito, a especialista também alerta para os riscos de endividamento, caso não haja controle com os gastos. “Você já sabe da possibilidade de juros menores, também deve manter a organização de um planejamento financeiro familiar para não acabar gastando e comprando parcelado em vários locais. Então, é preciso toma cuidado sobre isso. Por enquanto não tem uma restrição de limite da mesma forma que acontece com o cartão de crédito, por isso é necessária uma atenção maior”, orienta.
Já que em ambas formas de pagamento parcelado são cobradas taxas pelo serviço, a educadora diz que é preciso avaliar a melhor opção entre PIX e o Cartão de Crédito, levando em consideração o valor final que será pago. “Sempre quando for comprar alguma coisa é preciso estar atento e olhar nas entrelinhas, porque possivelmente pode vir agregado ao valor o que chamamos de Custo Total Efetivo (CTE). O juros, por exemplo, pode estar 2%, mas outros custos embutidos podem não compensar na compra. Por isso é preciso olhar além dos juros”, diz Ana.
REGRA DE OURO
Independente da escolha, a educadora ressalta que sempre é bom seguir a regra do orçamento doméstico organizado. “É preciso saber o que ganha e o que gasta. Ter as dívidas controladas e se possível fazer uma população ou investimentos. Vale lembrar também que a compra à vista sempre é mais benéfica. É preciso saber negociar ao fazer pagamentos e não ter vergonha de pedir descontos. Se for parcelar uma compra, opte pela função somente em valores muito altos. Nada de parcelar tudo o que for comprar”, pontuou.
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