Uma mulher transexual paraense, identificada como Eloa Santos, presa por roubo e encaminhada a uma unidade penitenciária masculina, teve o cabelo raspado no último dia 4 de abril. O caso ocorreu no município de Arapongas, no Paraná e gerou revolta entre a comunidade LGBTQIA+, que alega violação do direito à identidade de gênero da criminosa.
O caso se tornou público na última segunda-feira (11), após a ativista trans Renata Borges protocolar uma ação junto ao Ministério Público do Paraná e à Defensoria Pública Estadual. Ainda de acordo com a denúncia, Eloa foi identificada pelo seu nome de nascimento, mesmo havendo a possibilidade de ser usado seu nome social.
O Departamento de Polícia Penal (Deppen) do Paraná informou que determinou a abertura de um procedimento administrativo para apurar o caso e que “a presa encontra-se em segurança e separada da massa carcerária”.
O Deppen conta com um Centro de Custódia Provisória de Mulheres e Transgêneros e Estudos da Violência do Paraná, unidade referência no atendimento deste público, localizada em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
Eloa é natural de Belém e vive atualmente no Paraná, onde trabalha como garota de programa.
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