O produtor cultural Jorge André da Silva usou as redes sociais para denunciar um suposto caso de racismo que ele teria sofrido dentro de um supermercado, localizado no bairro do Jurunas, em Belém, na manhã da última segunda-feira (7). Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Polícia Civil do Jurunas, mas o delegado de plantão entendeu que o caso não configura crime de racismo, “por não haver agressão física ou verbal e por eu não querer a prisão do funcionário”, explicou a vítima. Porém, o boletim manteve o caso configurado como 'fato atípico' para que a invetigação prossiga e seja analisada pela Justiça.
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“Eu vou, pelo menos, três vezes por semana ao supermercado. Mas, na segunda-feira, foi mais agressivo. Estava a uma distância de um braço da prateleira, e o segurança passou se espremendo para encostar em mim e ver se eu tinha alguma coisa. Era 8h30 da manhã, o supermercado estava vazio. Não tinha necessidade daquilo. Não foi acidente. Ele [o segurança] foi com o objetivo de dar um recado de que a segurança do supermercado estava de olho em mim”, detalhou Jorge.
Constrangido e “desnorteado”, o produtor acionou a Polícia Militar e aguardou uma guarnição chegar para que todos fossem à delegacia. Os seguranças, ainda segundo Jorge, teriam se recusado a entrar na viatura e discutiram com os PMs. Além disso, a gerente do local teria filmado a ação, proferindo frases supostamente com intuito de desmerecer a denúncia do produtor Jorge André.
Já na delegacia, mesmo com o entendimento do delegado, de que não houve crime de racismo, Jorge disse que fez questão de registrar o boletim de ocorrência e pretende levar o caso à Justiça. Ele segue aguardando para ter acesso às imagens das câmeras de segurança do dia do ocorrido. “O que quero é que a empresa se responsabilize por acabar com essa prática obviamente orientada”, disse.
A reportagem de OLiberal.com entrou em contato com a rede de supermercados Econômico Alimentos. Por meio de nota, o estabelecimento disse que colaborou com a polícia, disponibilizando as imagens do circuito interno de monitoramento. O Econômico também disse que lamenta o ocorrido.
“Nos desculpamos com nosso cliente por qualquer tipo de situação que possa tê-lo constrangido e também nos colocamos à disposição das autoridades, para quaisquer esclarecimentos adicionais. Reforçamos ainda, nosso compromisso com o respeito, a dignidade e a igualdade de todos, bem como a repulsa a quaisquer preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e outras formas de discriminação”, diz o comunicado enviado à reportagem.
A Polícia Civil do Pará também foi procurada para fornecer mais informações sobre o caso. Assim que houver retorno, este texto será atualizado.
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