A defesa do morador do edifício Malmo, no Umarizal, que aparece em um vídeo que circula nas redes sociais agredindo o síndico do local, divulgou, nesta quinta-feira (10), uma nota de esclarecimento, acrescida de um pedido de desculpas pelas cenas de agressão. Por meio de seu advogado, Josivaldo Carvalho, o condômino Krishnamurti Larrigan Sampaio aproveitou para esclarecer os motivos que o levaram a partir para a violência física.
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A nota inicia relembrando que “há cerca de três semanas, na área de lazer do condomínio, o síndico se dirigiu à filha do Krishnamurti, que tem apenas 7 anos de idade e que possui Síndrome de Down, chamando-a de retardada na frente de várias pessoas”.
“Este fato deixou o Krishnamurti perplexo, acometendo-o de um misto de sentimentos que variavam entre tristeza, vergonha e indignação, fazendo com que Krishnamurti evitasse usar o mesmo elevador que o síndico”, continua o comunicado.
O texto também afirma que o síndico do local já é conhecido “por ofender as pessoas e ser grosseiro, a ponto de praticar assédio moral para com os funcionários do condomínio”.
A defesa reforça a versão apresentada nesta quarta-feira (9), de que tudo começou pelo modo como o morador foi tratado pelo síndico, no momento em que providenciava a mudança daquele edifício, o que já estava programado desde a semana passada. De acordo com o advogado Josivaldo, era por volta das 8h18, quando Krishnamurti estava no hall social do edifício, aguardando o caminhão que havia contratado para efetuar sua mudança estacionar em frente ao portão de pedestres do condomínio.
“Quando o caminhão estava manobrando, o síndico, que também estava próximo à guarita do condomínio, se dirigiu ao Krishnamurti de forma extremamente deselegante e disse em tom grosseiro e aos gritos que o caminhão não podia ficar ali, agredindo moralmente e psicologicamente o Krishnamurti, que o repreendeu pedindo respeito e que atenuassem o seu tom de voz”, diz a nota de esclarecimento.
Neste momento, o síndico teria se alterado e disse: “Quer vir para a porrada? Vem!". “Infelizmente, considerando o furor momentâneo que o acometeu e já chateado por conta das ofensas dirigidas pelo síndico à sua filha, que é uma criança deficiente, o Krishnamurti não se conteve e agrediu fisicamente o síndico”, admite a nota.
O comunicado finaliza com um pedido de desculpas do morador por ter agido de forma agressiva e impensada, num momento em que o morador estava dominado por um “misto de sentimentos”. A defesa de Krishnamurti também afirma que o morador sempre respeitou as regras do condomínio, inexistindo registros que comprometam sua conduta como condômino exemplar.
A reportagem de O Liberal segue tentando contato com o síndico envolvido no caso.
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