Moradores do residencial Porto de Sines procuraram a reportagem de O Liberal, na manhã desta sexta-feira (18/02), para prestar esclarecimentos acerca do que realmente teria acontecido, durante a assembleia geral extraordinária que terminou em confusão, na noite da última quarta-feira (16/02). Os condôminos prometem que irão formalizar, junto à Comissão de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará, denúncia contra os três advogados envolvidos no caso, para responsabilizá-los.
Diferentemente da versão apresentada pelo vice-presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da OAB-PA, Luiz Araújo, nesta quinta-feira (17), à redação integrada de O Liberal, os moradores disseram que a reunião foi marcada para eleger o novo síndico do condomínio e tratar dos problemas envolvendo inadimplência. Já o assunto do possível aumento da taxa condominial, teria ficado para um outro encontro.
Segundo os moradores, tudo estava sendo conduzido dentro da normalidade, quando, na verdade, os três advogados que prestam serviço de assistência jurídica ao condomínio teriam chegado ao local com certa “arrogância e falta de ética”, disseram. “Nós nem sabíamos que eles eram advogados, com tanta arrogância e falta de ética”, relatou um morador envolvido no caso, que prefere não ter identidade divulgada.
“Nós elegemos a nova síndica e estava tudo normal. Quando chegou na parte de falar dos inadimplentes, foi dada a palavra para alguns moradores. Um rapaz, que estava recém-operado, inclusive, se exaltou. A advogada gritou com ele, toda alterada, toda arrogante. Nem parecia que nós somos clientes. Ela disse que ninguém iria mais falar”, continuou o morador.
“Eu me levantei e falei ‘Ei, doutora, o que é isso?’. O marido dela se meteu e me deu um empurrão, eu o empurrei de volta. Mas não teve nada de arma. Em nenhum momento os moradores ficaram gritando dizendo que eu ia matar todo mundo”, garantiu.
O morador disse que, nesta quinta-feira (17), procurou a Delegacia de Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência contra os advogados. “Mais de 30 moradores que estavam na reunião se voluntariaram para me acompanhar. Os relatos deles e as imagens das câmeras do condomínio irão mostrar a verdade”, destacou, ao acrescentar que a administração do residencial já está tomando as devidas providências para encerrar o contrato de prestação de serviços com os advogados.
Além disso, o morador detalhou que os advogados se retiraram do residencial e, quando tudo aparentava estar resolvido, “eles voltaram com a polícia, os policiais entraram de metralhadora lá no condomínio, sem necessidade”, relembrou, ao finalizar dizendo que irá procurar a Comissão de Ética da OAB, para formalizar uma denúncia contra os advogados e responsabilizá-los.
A reportagem de O Liberal entrou em contato, novamente, nesta sexta-feira (18), com a Polícia Militar e aguarda um posicionamento sobre o caso. A redação integrada também procurou a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará, na tentativa de obter informações sobre o acompanhamento do caso, uma vez que os advogados estavam no exercício da profissão, quando a confusão se deu.
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