Peritos Criminais da Polícia Científica do Pará (PCP) realizaram, na sede Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), o exame de constatação de centenas de tabletes de substâncias petrificadas, com características organolépticas semelhantes à da substância entorpecente cocaína. A droga foi apreendida pela Polícia Militar (PM), na quarta-feira (5), em uma embarcação, próximo da Vila Ponta Negra, no município Muaná, que fica no arquipélago do Marajó.
O procedimento foi feito pela equipe do Laboratório de Química Forense do órgão que, após exame preliminar, constatou exatos 336,14kg de cocaína, distribuídos em 308 tabletes divididos em diferentes colorações. O perito e o auxiliar técnico de perícias presentes recolheram amostragens de cada pacote para a realização de exames definitivos no laboratório, utilizando o método de Cromatografia em Camada Delgada (CCD), exame que identifica os compostos presentes numa mistura e determina a pureza das substâncias contidas nestas drogas de abuso.
“Sempre que ocorrem essas grandes apreensões de drogas, por conta do risco que o deslocamento desse material apresenta, uma equipe de peritos criminais desloca-se até o local de armazenamento para que seja mais seguro. É um trabalho integrado da Polícia Científica com os outros órgãos da segurança pública para que o serviço seja prestado de maneira mais ágil e segura”, afirmou o perito criminal Mário Guzzo, responsável pela Gerência de Inteligência Forense da PCP.
Além disso, o laudo preliminar também será determinante para autuação dos seis suspeitos que foram detidos com o entorpecente. “O exame pericial preliminar é importante para que se mantenha o flagrante da prisão dos suspeitos. É mais uma importante função do deslocamento pericial”, completou o perito.
O trabalho pericial vai produzir o laudo definitivo em um prazo de, aproximadamente, 10 dias que serão encaminhados à Polícia Civil.
O delegado João Costa, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), informou que a Polícia Civil dará prosseguimento ao inquérito policial com o objetivo de identificar os demais integrantes do grupo criminoso, assim como se vai ser enquadrado no tráfico interestadual ou local. "Agora, o trabalho da Polícia Civil será realizado para ver a logística, de onde veio o material, assim como identificar o fornecedor e destinatário final dos entorpecentes, a fim de neutralizar e prender os integrantes dessa organização criminosa”, informou o delegado João Costa, da Denarc.
Após a conclusão de todos os procedimentos e com autorização da justiça, as drogas apreendidas são incineradas.
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