Na manhã desta terça-feira (11), peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) e equipes do Corpo de Bombeiros iniciaram o levantamento dos danos e das causas do incêndio que consumiu uma loja de autopeças no bairro do Telégrafo, em Belém. O Mercadão das Peças foi destruído pelas chamas que iniciaram na noite de domingo (9) e seguiram até a tarde desta segunda-feira (10), após uma força-tarefa que durou 18 horas de combate ao fogo.
Responsável pela operação do CPCRC, o perito criminal José Moreira explica que o trabalho deverá transcorrer ao longo da semana. "A gente a gente não tem o objetivo de concluir a perícia hoje em função do porte da edificação. A gente está com essa semana inteira disponível pra dar atenção pra essa edificação. Se a gente conseguir entrar e verificar que tem segurança de fazer esse trabalho todo hoje, a gente vai tentar fazer. Se não, a gente vai voltar amanhã e até a sexta a gente conclui todo o levantamento", pontua.
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A equipe precisou avaliar a melhor fora de entrar no prédio que, por conta das enormes avarias, teve a estrutura completamente comprometida e corria risco de desabamento na lateral da rua Frederico Scheneippe. Por conta disso, um trator precisou ser utilizado para realizar uma função de escoramento para impedir o tombamento de uma das paredes da edificação.
"O escoramento tem a função de evitar que essa parede venha em direção da rua. Se, mesmo assim, essa parede não resistir ao próprio peso, o escoramento vai fazer ou ela desabar na vertical ou pra dentro do imóvel. É um fator de segurança", detalha.
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Inicialmente, segundo Moreira, uma equipe reduzida adentraria o prédio para evitar maiores riscos. A principal missão das equipes é indicar o que iniciou as chamas, que encontraram um ambiente propício de materiais voláteis para se alastrar rapidamente. "Nosso trabalho aqui é descobrir o que causou o incêndio. Existe um inquérito policial que vai ser desenvolvido pela autoridade policial. A nossa função é levantar a maior quantidade de informações para produzir um laudo e repassar pra que o delegado tenha condição de desenvolver o trabalho dele", explica.
Ao todo, seis peritos da Polícia Científica atuam no local: dois engenheiros eletricista e mais uma equipe especializada em incêndio.