Do início de 2020 até o fim de 2021, cerca de 900 furtos de equipamentos como cabos elétricos e transformadores de energia foram registrados no Pará. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (25), pela distribuidora de energia Equatorial Pará, que reforçou os grandes riscos desse tipo de crime.
"A empresa reforça que esse tipo de crime pode gerar diversos prejuízos à sociedade, como interrupção no fornecimento e oscilações no nível de tensão, além de causar acidentes graves e fatais, como curtos-circuitos e morte por eletrocussão e, por isso, realiza diversas ações de orientação à população em relação aos danos que a atividade causa aos paraenses", destacou, em nota.
Na noite do último domingo (23), no bairro da Campina, em Belém, um homem que atendia pelo apelido de “Garrincha” morreu, supostamente eletrocutado, ao tentar subir em um poste de energia para furtar cabos elétricos. Ele era conhecido na área pela prática de furtos de fios elétricos de estabelecimentos comerciais. A Polícia Civil ainda não divulgou detalhes sobre o caso.
O delegado Daniel Castro, diretor de Polícia Metropolitana da Polícia Civil do Pará, disse que a pena pela prática pode variar de 2 a 8 anos de prisão, por furto qualificado. "Além da responsabilidade criminal, existe o risco iminente de tomar uma descarga elétrica. Dependendo da tensão, média, alta ou baixa, pode pegar até 8 mil volts de descarga", frisou.
Segundo o delegado, essa ocorrência é bastante pontual, diferente dos crimes de furto e receptação de hidrômetros na Região Metropolitana de Belém (RMB), que já levaram a Polícia Civil a deflagrar uma operação específica para combate.
"Existe esse tipo de furto, mas nada que tenha fugido da nossa curva de acompanhamento. Mas temos sistemas de monitoramento que fazem o acompanhamento dessas subtrações. Caso haja alteração que fuja da curva, soltamos o alerta para ações objetivas", explicou. "Quando foge da série histórica, fazemos análise qualificada. Por isso a importância do registro da ocorrência", completou.
