Dois casos violência contra a mulher foram registrados esta semana. O primeiro foi em Cametá, onde uma jovem, de 22 anos, grávida, teve o corpo queimado pelo próprio companheiro, em uma praça do município. O segundo foi registrado por câmeras, em Belém. A vítima correu com o corpo em chamas pela rua. Os dois casos seguem sendo investigados pela Polícia Civil. Ninguém foi preso.
A presidente da comissão das mulheres e advogadas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Natasha Vasconcelos, destacou que "a motivação dos crimes violentos contra mulheres costuma ser machismo e misoginia. O primeiro é a noção de superioridade do homem em face da mulher, uma visão aceita socialmente, apesar de todo debate e altos índices de violência e morte de mulheres. O segundo representa os casos de crimes de ódio que envolvem aversão às mulheres."
A comissão da OAB tenta combater este tipo de crime com ações preventivas e informativas sobre a lei. "Fazemos ações comunitárias, oficinas, palestras e cursos no sentido de disseminar leis, normas e políticas de enfrentamento à violência contra mulheres, a partir de uma perspectiva de gênero", contou Natasha e completou:
"A aplicação destes instrumentos garante que os casos de crimes violentos contras mulheres e feminicídios sejam, desde a investigação, analisados a partir das assimetrias sociais entre gêneros, e evita a reprodução de estereótipos e processos de vitimização de sobreviventes."
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