De acordo com Samara Oliveira, fonoaudióloga do Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá (PA), os fones têm causado cada vez mais dificuldades de audição, principalmente nos indivíduos que utilizam o aparelho em volume elevado e durante um período prolongado.
“Quanto mais intenso for o som, menor deve ser o tempo de exposição, evitando assim a destruição precoce das células auditivas. Muitos smartphones são equipados com limitadores de som, que avisam quando o volume do áudio está acima dos limites recomendados, é importante que as pessoas utilizem esses recursos”, explica.
A especialista alerta que a utilização de forma inadequada do aparelho pode prejudicar a audição de forma irreversível, pois a parte interna do ouvido humano possui milhares de células ciliadas, que têm a função de transformar as ondas sonoras que chegam no ouvido em ondas elétricas que são enviadas para o cérebro.
“Quando o som é extremamente alto, esses cílios são “arrancados” e destruídos, e não se regeneram mais, ocasionando a perda auditiva por exposição excessiva a ruídos”, reforça a fonoaudióloga.
Alguns sinais podem indicar perda auditiva para aqueles que exageram na utilização dos fones, como dificuldade de compreender palavras, especialmente na presença de ruídos, sentir frequentemente tontura, ouvir zumbidos sem razão aparente e ter dificuldade de concentração.
O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, celebrado em 10 de novembro, tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da audição e como lidar com pessoas com deficiência auditiva. A data também visa orientar sobre o que é a surdez, quais são as suas causas e tratamentos.
A maior causa da perda auditiva por excesso de ruídos decorrente dos fones de ouvido, é o volume elevado. Se o nível de som ficar abaixo dos 80 decibéis, é possível ouvir música em segurança por até 40 horas por semana para os adultos. No caso de crianças, o índice indicado cai para 75 decibéis.
O volume ideal para os fones de ouvido é menos de 60% da capacidade máxima de áudio. Além disso, o aparelho deve estar ajustado e, se possível, ter cancelamento de ruído, como os fones que cobrem toda a orelha do usuário.
A especialista do HRSP dá dicas para conservar a saúde auditiva:
O Hospital Regional do Sudeste do Pará é referência para mais de 1 milhão de pessoas de 22 municípios da região. A unidade, que pertence ao Governo do Pará, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, presta atendimento 100% gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
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