O novo dado foi apresentado pela rede britânica BBC. A principal imagem da reportagem é a foto de uma brasileira, que segura uma caixa do medicamento. O levantamento foi feito por um grupo de cientistas independentes, especialistas em investigar estudos suspeitos: Dr. Gideon Meyerowitz-Katz, Dr. James Heathers, Dr. Nick Brown e Dr. Kyle Sheldrick.
À BBC, Sheldrick, doutor e pesquisador da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sidney, na Austrália, disse que o grupo não encontrou “um único estudo clínico” que atestasse vantagens do uso da ivermectina no tratamento e na prevenção da covid-19 que não contivesse “sinais óbvios de dados forjados ou erros tão críticos que invalidam o estudo”.
O grupo de cientistas examinou todos os chamados estudos randomizados controlados (RCT, na sigla em inglês) que envolveram o uso da ivermectina no tratamento da covid e, também, os mais citados pelos defensores do medicamento. Estudos randomizados são aqueles em que parte dos pacientes recebe o medicamento enquanto outra parte toma placebo. A comparação final dos resultados, com a adoção de uma série de critérios e variáveis prevista pra esse tipo de procedimento, dá aos cientistas a devida segurança pra afirmar se uma droga funciona ou não em uma determinada situação.
Segundo a reportagem da BBC, pelo menos cinco estudos analisados tinham dados falsos. Outros cinco, percentuais calculados incorretamente ou feitos sem a autorização das agências de saúde. Quatorze autores não enviaram os dados solicitados para revisão, o que, segundo os cientistas, consiste em outro indício de fraude.
A ivermectina é um medicamento indicado geralmente em dose única para combater vermes, parasitas e ácaros. O projeto Comprova, do qual o SBT faz parte, mostrou em várias publicações os problemas trazidos por estudos relacionados ao medicamento.
Em um deles, há um alerta de que “é enganoso o conteúdo de postagens feitas pelos perfis de um médico no Twitter e no Instagram em que ele afirma que a ivermectina é um “remédio enviado por Deus”, barato, seguro em altas doses, pouco metabolizado no fígado e não filtrado nos rins, e que sua ação antiviral já foi comprovada em estudos. O medicamento, de fato, é barato, mas ele não é seguro em altas doses, não tem eficácia antiviral comprovada e deve ser utilizado apenas como antiparasitário, como indica a bula. Doses além do recomendado podem provocar intoxicação e reações que vão desde urticária até convulsão”.
A prescrição da ivermectina contra a covid-19 é proibida pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos, do Reino Unido e da União Européia. Em agosto, a FDA, agência reguladora norte-americana, divulgou uma mensagem pra alertar o público contra o uso do medicamento. “Você não é um cavalo. Você não é uma vaca. Sério, pessoal, parem com isso”. A publicação foi feita depois de uma série de casos de intoxicação no estado do Mississipi, onde, em 70% das ligações, as pessoas tinham tomado a versão do medicamento usada em animais, comprada em lojas de suprimento para gado.
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