O crime aconteceu no dia 7 de janeiro de 2020, em Parauapebas, município do sudeste do Pará, com grande repercussão no Pará e na imprensa nacional. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Pará (MPPA), a partir de um volumoso inquérito policial, a morte da menina foi provocada por hemorragia intracraniana.
Segundo os laudos periciais, a criança era vítima frequente de abusos sexuais, tortura e agressões. Em uma dessas sessões de perversão, a bebê ficou muito mal e foi levada pelo casal torturador para o Hospital Municipal de Parauapebas (HMP).
O casal foi sentenciado pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável, lesão corporal grave e tortura. O juiz fixou a pena de 46 anos, cinco meses e 20 dias à Irislene Miranda; Deyvyd Brito pegou 83 anos e quatro meses de prisão, fechada.
CASA INCENDIADA
Logo que vizinhos e populares souberam do crime contra a menina de um ano e oito meses, em janeiro de 2020, a casa em que moravam Deyvyd Renato Oliveira Brito e Irislene Miranda foi incendiada, na rua Axixá, no bairro Liberdade II, em Parauapebas. A dona do imóvel, Lucivanir Ribeiro, contou à época que alugava a casa, há menos de dois meses, para o casal.
Lucivanir também disse que estava arrasada pelo assassinato da criança, e considerou o feito um ”crime bárbaro”. O imóvel estava alugado por R$ 100,00. ”Era um patrimônio do meu pai, construído com sacrifício. “Quando cheguei, os bombeiros já haviam dominado o fogo, mas, só a frente ficou inteira, o resto são destroços”, lamentou Lucivanir.
A peça policial confirma a prática dos crimes de abuso sexual e espancamentos. Segundo a delegada Ana Carolina Abreu, a criança passou por diversas sessões de tortura até que na noite do dia 7 de janeiro, ela morreu devido uma forte pancada na cabeça.
MENTIRAS E HEMATOMAS
A delegada relatou detalhes das investigações, como o fato de um vizinho ter ouvido o choro da criança no dia do crime, no momento em que a mãe disse, em depoimento, que havia ido comprar carne.
Segundo a delegada Ana Carolina, as imagens das câmeras de monitoramento do comércio em que Irislene afirmou ter estado não a mostram no estabelecimento em momento algum. Ou seja, ela esteve em casa o tempo todo.
Com a vítima indefesa, ele cometia o estupro. Assim, ela não choraria nem gritaria, evitando que chamasse atenção dos vizinhos. “Entretanto, na última pancada ela morreu. Ou a pancada foi mais forte ou morreu por causa da quantidade de lesões anteriores”, informou a delegada.
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