Anvisa aprova medicamento para tratamento da covid-19

O tratamento tem que ser iniciado logo após o teste positivo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou autorização emergencial em caráter experimental de um medicamento para tratamento de pacientes com covid-19, o Sotrovimabe.Anvisa aprova medicamento para tratamento da covid-19

O remédio foi autorizado para uso em pacientes com quadros leve e moderado e com risco de evolução para uma situação grave. Ele é contraindicado para pacientes hospitalizados, que precisem de suporte ventilatório.

O medicamento não será disponibilizado para comercialização direta ao público, mas terá uso ambulatorial, devendo ser prescrito por um médico para que seja ministrado. O prazo de validade do produto é de 12 meses, armazenado em temperaturas de 2º a 8º.

A autorização foi definida por unanimidade pelo colegiado. A diretora relatora do caso, Meiruze Freitas, destacou que as áreas técnicas avaliaram os dados enviados pela empresa responsável e consideraram eles satisfatórios.

“Com relação aos aspectos clínicos, os resultados de eficácia demonstraram que o tratamento com uma dose de 500g resultou em uma redução clínica com significância estatística na proporção dos voluntários com covid-19 leve e moderada que participaram do estudo”, concluiu Freitas.

Mas ela ressaltou que é importante realizar o monitoramento da aplicação do remédio para mapear casos adversos. Atenção especial foi destacada pela área técnica para o uso em gestantes, para as quais deve ser avaliada com cuidado a relação custo-benefício.

A diretora também lembrou que a agência reguladora europeia para medicamentos já emitiu parecer apoiando uso do Sotrovimabe como opção de tratamento para pacientes adultos e adolescentes acometidos com covid-19.

Segundo o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, o tratamento tem que ser iniciado logo após o teste positivo e, preferencialmente, até cinco dias do início dos sintomas. A aplicação é de dose única, de 500 mg.

Os estudos clínicos realizados, seguiu Mendes, com voluntários nos Estados Unidos, Canadá e em outros países, inclusive Brasil, tiveram resultados com “relevância importante” da redução da carga viral.

A gerente-geral de fiscalização e inspeção sanitária, Ana Carolina Marinho, relatou que foi avaliado o processo de produção, realizado em duas fábricas, uma na China e outra na Itália. “Informações sugerem cumprimento aceitável para justificar a autorização em uso emergencial no cenário pandêmico em que nos encontramos”, avaliou a gerente-geral.

Redação

Share
Published by
Redação

Recent Posts

Microsoft alerta usuários sobre fim de vida do Windows 10

Após a data limite os dispositivos que executam o sistema operacional não receberão mais correções…

3 horas ago

Como remover manchas de suor e desodorante das roupas

Marcas de suor e desodorante comprometem a qualidade das roupas | ReproduçãoNos dias mais quentes,…

9 horas ago

Safra de café deve crescer 2,7% e chegar a 56 milhões de sacas em 2025

A produção de café no Brasil deverá crescer 2,7% na safra 2025, na comparação com…

10 horas ago

1º dia de conclave de escolha do novo papa termina sem consenso

Cardeis não chegam ao consenso na escolha do sucessor de papa Francisco. | Reprodução Vatican…

15 horas ago

Cinco passos simples para limpar o bebedouro corretamente

A limpeza do bebedouro é uma medida essencial para manter a qualidade da água consumida…

21 horas ago

Dia das Mães: gasto médio com presente deve ser de R$ 298, diz Sebrae

O gasto médio com presentes para o Dia das Mães, nos pequenos negócios, deverá ser…

21 horas ago