A reportagem obteve acesso ao interior da casa com exclusividade com autorização da proprietária, que preferiu não gravar entrevista por medo de exposição, e mostrou o local onde a Polícia Civil encontrou a ossada da vítima após horas investigações e escavações no local. Ela estava desaparecida desde 2015.
Em entrevista ao Ronda Nacional, o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Baretta, adiantou que as investigações para encontrar Maria Jaqueliny se iniciaram após a filha dela os procurar no ano de 2020.
“Essa mulher estava desaparecida há mais de 5 anos. Quando foi agora no ano passado, nós fomos procurados aqui na delegacia de desaparecimento de pessoas pela filha dela, dizendo que a mãe estava desaparecida. Segundo o que consta, esse suposto indivíduo que praticou o crime, ele dizia que ela tinha deixado ele e tinha ido embora para casa de parentes no sul do estado. Ele era casado e tinha um caso extraconjugal com a Jaqueline. Mas os vizinhos também informaram que ele vivia só espancando a mulher. Havia muita briga. Nessa noite ouviram gritos e mais gritos e quando foi no outro dia não viram mais ela. Um vizinho um certo dia olhou por cima do muro e achou estranho, que do lado de um pé de manga tinha um local que tava passando cimento, mas pensou que era outra coisa. E logo depois ele vendeu a casa e desapareceu”, explicou.
Segundo o delegado, as investigações continuaram, os agentes foram ao local, fizeram diversos levantamentos e representaram pela prisão do suspeito, identificado como Jairo Silva Santana, que foi recolhido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (06). “Ontem foi feita a escavação e foram encontrados os restos mortais dela em uma cova profunda e passado cimento”, completa Baretta.
Jairo Silva Santana ainda morou por cinco meses na casa após o crime, que pertencia a vítima. Na sequência, ele teria vendido o imóvel e fugido. Ele responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. “Ele foi interrogado aqui no DHPP e confessou o delito. Crime grave, investigação difícil, pelo tempo passado e pelo corpo ocultado. A investigação complexa, mas ao final bem sucedida”, pontuou o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keiko.
Fonte: Meio Norte
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