Nesta quarta-feira, 28, o diretor do BNDES, Leonardo Cabral, informou que a privatização dos Correios deverá acontecer em 2022. Cabral acredita que ao menos 70% do capital da empresa passe para iniciativa privada.
Segundo o diretor do BNDES, a ideia é que a União obtenha apenas uma fatia minoritária da empresa de formas que não atrapalhe o certame e a operação da companhia. “O que desejamos é uma venda significativa do controle da União, não vender 51% e manter participação relevante. Entendemos que isso poderia afastar interessados”, disse Cabral.
Ainda sem data marcada, Cabral reforçou que a operação ainda depende de decisões vindas de outros órgãos. “Desenhamos uma operação em que a União perde o controle da companhia e uma venda substancial, acima de 70%, ocorre a terceiros”, adicionou.
A privatização dos Correios está incluída no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e a ainda precisa passar pela autorização do Congresso, onde caminha em caráter de urgência. “Isso nos dá o conforto que até o meio do ano o projeto vai estar deliberado pela Câmara e a gente assim consegue dar sequência ao processo. Já aprovamos com consultores a modelagem inicial e já está no detalhamento”, afirmou.
Cabral disse que até o segundo semestre já terá uma transição pronta para deliberação. “Em agosto ou setembro a gente vai estar com uma transação pronta para ser deliberada pelo conselho de ministros e para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) que deve terminar no fim de 2021”, disse o diretor.
Ainda de acordo com Leonardo Cabral, após a aprovação do TCU, o edital do leilão será publicado e caso haja resposta do mercado num período de 30 a 60 dias, é possível que “em janeiro ou fevereiro (2022) a gente consiga executar essa transação”. A estimativa referente ao potencial valor de mercado dos Correios não foi informada.
Com informações da CNN